Tony Tornado é homenageado no Festival Cinema Negro em Ação; veja vencedores

​Sofia Ferreira e Kaya Rodrigues entregam o troféu Odilon Lopez a Tony Tornado © Sergio Rosa Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

O Festival Cinema Negro em Ação divulgou na noite de sábado (1º/10) os premiados de sua sexta edição, que teve Tony Tornado, 65 anos, como grande homenageado. Realizado pela Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), o evento trouxe à capital gaúcha filmes, laboratório de consultoria e homenagens a cineastas negros, além das Mostras Especial e Competitiva. O Festival ocupou a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), localizada no Centro Histórico de Porto Alegre, de 28 de outubro a 1º de novembro.

Duas produções baianas receberam os prêmios de longa e curta: “Quem é essa mulher”, de Mariana Jaspe, e “Nevrose”, de Ana do Carmo. O maranhense “Herança”, de Micah Aguiar e Jonas Sakamoto, consagrou-se melhor videoclipe, enquanto o carioca “Ao Mar… Devolvo o Sal das Nossas Lágrimas” (2025), de Giuliano Lucas, ganhou videoarte. O curta “Dia de Preto” (SP), de Beto Oliveira, levou menção honrosa. 

Os prêmios Destaque RS foram entregues a Crystom Afronário, por sua direção no curta “Aconteceu à Luz da Lua”, enquanto “B.O.S à Parte” (2025), de Guilherme Fernandes dos Santos, levou a estatueta por sua trilha sonora, e Valéria Barcellos venceu melhor atriz por “Mãe” (2025), de Jöão Monteiro. Também foram entregues prêmios para os projetos participantes do Sopapo Lab, incluindo cursos, passes para outros eventos de mercado e prêmio de consultoria com a Paradiso Multiplica.

Tony Tornado

Tony Tornado foi o grande homenageado deste ano. O troféu que leva o nome do pioneiro Odilon Lopez foi entregue por Sofia Ferreira, diretora do Iecine, e Kaya Rodrigues, curadora geral do evento. “Eu fico muito emocionado, lisonjeado. Sinceramente, nem sei se sou merecedor, mas em nome de todos que acreditam na nossa missão (dos artistas negros), nós vamos continuar porque a vitória é certa. Ainda tenho cinco anos para fazer 100 anos”, disse o ator e precursor da black music. A cerimônia foi seguida de show com o artista, que lotou a Travessa dos Cataventos.

O 6º Festival Cinema Negro em Ação tem apoio institucional da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan), Cine Bancários, Paradiso Multiplica, Sindicato da Indústria Audiovisual do Rio Grande do Sul (SIAV RS) e outros.

Filmes premiados do 6º Festival Cinema Negro em Ação

Longa-metragem: “Quem é essa mulher”, de Mariana Jaspe (BA)

Curta-Metragem: “Nevrose”, de Ana do Carmo (BA)

Videoclipe: “Herança”, de Micah Aguiar e Jonas Sakamoto (MA)

Videoarte: “Ao Mar… Devolvo o Sal das Nossas Lágrimas” (2025), de Giuliano Lucas (RJ)

Menção Honrosa: “Dia de Preto”, de Beto Oliveira (SP)

Destaque RS

Melhor direção: Crystom Afronário, por “Aconteceu à Luz da Lua” (curta)

Melhor trilha sonora: “B.O.S à Parte” (2025), de Guilherme Fernandes dos Santos (videoclipe)

Melhor atriz: Valéria Barcellos por “Mãe” (2025), de Jöão Monteiro (curta)

Sopapo Lab: projetos premiados 

Prêmio Consultoria da Casa de Cinema de Porto Alegre: “Morada das Lágrimas”, de Nádia Maria (Longa, Ficção, Desenvolvimento), São Luís (MA)

Prêmio Consultoria de DiALAB: “Alguns Nomes Ainda Queimam”, de Alexandre Mattos Meireles e Chico Maximila (Longa, Ficção, Desenvolvimento), Pelotas (RS)

Prêmio Credencial para o Mercado Audiovisual Entre Fronteras de 2025: “Alguns Nomes Ainda Queimam”, de Alexandre Mattos Meireles e Chico Maximila (Longa, Ficção, Desenvolvimento), Pelotas (RS)

Prêmio Consultoria com a empresa TOMUN: “Quase Vira”, de Luana Arah (Longa, Ficção, Desenvolvimento), Rio de Janeiro (RS)

Passe para os cursos profissionalizantes do Instituto AKAMANI: “A Raíz Arandu”, de Viviane Juguero (Longa, Animação, Desenvolvimento), Porto Alegre (RS)

Prêmio Consultoria Paradiso Multiplica

“A Raiz Arandu”, de Viviane Juguero (Longa, Animação, Desenvolvimento)

“Alguns Nomes ainda Queimam”, de Alexandre Mattos Meireles e Chico Maximila (Longa, Ficção, Desenvolvimento)

“Anjos de Fogo”, de Adry Silva (Série, Ficção, Desenvolvimento)

“Morada das Lágrimas, de Nádia Maria” (Longa, Ficção, Desenvolvimento)

“Quase Vira”, de Luana Arah (Longa, Ficção, Desenvolvimento)

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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