Glaura Lacerda faz primeira novela como Gisleyne em Três Graças: ‘Sonho realizado’

Três Graças chegou com tudo, resgatando o bom e velho novelão para o horário das 21h da Globo, escrita por Aguinaldo Silva, que volta à emissora em grande estilo, ao lado de Virgílio Silva e Zé Dassilva. E tem outra estreia, mas dentro do folhetim: a da atriz Glaura Lacerda em uma novela, realizando um sonho de infância. Com 20 anos de experiência como atriz e muitos sucessos no teatro no currículo — ela esteve oito anos em cartaz com a exitosa comédia A Banheira e neste ano ainda fez a peça A Vida Começa aos 60, do mesmo Aguinaldo Silva —, ela conversou, emocionada e agradecida, com o jornalista Miguel Arcanjo Prado sobre este momento tão especial. Leia a entrevista exclusiva ao Blog do Arcanjo.
Miguel Arcanjo Prado – Qual sua personagem em Três Graças?
Glaura Lacerda – Em Três Graças eu sou a Gisleyne, que é empregada da vilã, Arminda, que é vivida pela Grazi Massafera. Ela trabalha para a Arminda e a Dona Josefa, sua mãe, vivida pela Arlette Salles. Nessa casa também trabalha a protagonista, Gerluce, que é a Sophie Charlotte, que é a cuidadora da mãe dela, junto com uma outra atriz, chamada Lorrana Mousinho. A Gisleyne, minha personagem, é a copeira, empregada que vai integrar também essa trama, que já está entregando tudo!

Miguel Arcanjo Prado – Como você recebeu a notícia de confirmação na novela? O que sentiu?
Glaura Lacerda – Eu recebi a notícia muito emocionada, porque eu fiz primeiro um teste online, depois, eu fui presencial. A ansiedade em receber o resultado é sempre grande. Acho que para todo ator, toda atriz, quando a gente faz um teste de um trabalho que a gente quer muito participar, a gente fica com essa tensão, essa espera. Aí eu estava num trabalho, fazendo improviso, em um hospital grande de São Paulo. E aí o produtor de elenco me mandou uma mensagem. Só que eu iria subir no palco na hora. Imagina a tensão? Assim que terminou a apresentação, mandei uma mensagem para ele. Na hora que ele me deu a notícia, eu chorei muito! Eu chorei no banheiro, fiquei muito feliz, agradecendo todas as forças do universo. Porque é a primeira vez que faço uma novela! E como uma boa atriz nascida nos anos 1980, sempre tive o sonho de fazer uma novela. Então, é um sonho realizado! Sou super fã do Aguinaldo Silva. E começo logo em uma novela escrita por ele, esse grande mestre, ao lado dos talentosos Virgílio Silva e o Zé Dassilva, e ao lado de atores que tanto admiro. É muita honra. Eu estou extremamente feliz e honrada. Estou transbordando de alegria e de felicidade.

Miguel Arcanjo Prado – Está é sua primeira novela. Como estão sendo as gravações?
Glaura Lacerda – As gravações estão sendo intensas e tudo muito bonito e bem feito, tudo muito bem orquestrado. A cidade cenográfica é coisa de maluco, é tudo lindo, é muito bem feito. O cenário é incrível. A novela é uma tramona e o visual é maravilhoso. Para a gente que ama fazer isso, chegar no lugar com essa estrutura, com esses profissionais, é maravilhoso. O coração só transborda!

Miguel Arcanjo Prado – Como tem sido recebida pela equipe e colegas da novela?
Glaura Lacerda – A recepção da equipe é impecável, são extremamente profissionais, respeitosos. A minha sensação que eu tô participando do Dream Team, sabe esses times de basquete da NBA que você vê aquela galera toda? Eu sempre troquei e joguei com pessoas que eu admiro muito, né? Faço muito teatro, então aprendi e aprendo muito com os meus colegas de palco. E agora a minha sensação de Dream Team é ver aquelas pessoas que antes eu admirava de longe agora ao meu lado, estar jogando junto com elas, é essa minha sensação! E eu tô no mesmo elenco de uma das atrizes que eu mais amo, né? Arlete Salles é a minha atriz favorita. A primeira vez que eu a vi quase tive um ataque, né? Porque aí você quer falar tudo que você sente, só que aí eu segurei minha onda. Eu amo Fernanda Montenegro, Laura Cardoso, mas Arlete Salles, para mim ela faz drama, faz comédia, é uma diva, uma diva! Poder, estar no mesmo espaço e aprendendo, olhando ela trabalhar de perto, Nossa Senhora, não tem nem como descrever a minha sensação. É fantástico. E toda a equipe, extremamente profissional, diretor artístico incrível, super cuidadoso, a técnica super talentosa, produção super talentosa, é uma equipe de peso. E para fazer uma obra do Aguinaldo Silva, escrita como Virgílio Silva e o Zé Dassilva, com essa equipe, e eu podendo estar nessa equipe, é demais. Estou realizada como artista. Todo ator que nasceu nos anos 1980, 1990, que cresceu assistindo novela e foi impactada pelas obras do Aguinaldo Silva, Três Graças é um marco, um ponto altíssimo da minha carreira, poder fazer uma personagem escrita, escrita por ele. Estou transbordando.

Miguel Arcanjo Prado – Como definiria participar dessa novela em sua trajetória artística?
Glaura Lacerda – Fazer parte do elenco dessa novela é uma grande honra, uma realização, como eu disse, para a minha artista, para a minha atriz e para a minha criança também, que sempre sonhou em estar numa novela. E aí eu acordo e olho lá e falo, eu estou aqui, estou tendo bastante trabalho e eu estou aqui, mas também eu acredito bastante em ancestralidade, que a gente não chega em nenhum lugar sozinh. E eu agradeço a todas as pessoas que me deram uma oportunidade ao longo dessa caminhada longa e às vezes tortuosa, mas que vale a pena, que faria tudo de novo, agradeço a cada pessoa, sabe, cada oportunidade de trabalho, cada voto de confiança que eu tive. Eu sempre agradeço. Esse momento me fez lembrar de muitas pessoas que me ajudaram, me dando uma oportunidade de estar no palco, me convidando para fazer trabalho, conversando, me orientando, então eu agradeço a todo mundo, né, porque eu estou aqui. E continuo me desenvolvendo, crescendo. Estou num lugar que eu queria muito, mas a gente não chega nunca sozinha nos lugares. Eu sou composta de muitas partes. De muitas pessoas que contribuíram e me transbordam. Tem essa parte maior que depende só da gente fazer, que a gente precisa ir lá, meter a cara, fazer e tudo mais, mas a gente não chega a um lugar nenhum sozinha. Então eu sou muito grata a todas as pessoas, até as que não acreditaram muito, porque elas de alguma forma me fizeram questionar se era isso mesmo que eu queria em algum momento da nossa vida, como se a gente como artista não já fizesse isso bastante sozinha. Mas também funciona, né? E agradecer mais uma vez você, Arcanjo, por essa oportunidade, por eu poder estar dividindo esse momento com você, que é de muita emoção, de muita alegria. Estou extremamente feliz.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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