Ator argentino Juan Manuel Tellategui faz padre vilão em sua primeira novela vertical no Brasil

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
O ator argentino Juan Manuel Tellategui estreia no formato novela vertical na produção El Regreso de la Heredera Desaparecida, ou O Retorno da Herdeira Perdida, em português. A novela, feita para ser consumida na tela do celular, foi produzida no Brasil pela Berry Produções e gravada, em espanhol, com elenco latino-americano, em São Paulo, com foco no mercado audiovisual da América Latina. “Foi incrível poder participar de uma produção tão inovadora e ainda poder novamente atuar em meu idioma natal, o espanhol”, conta Tellategui, que na novela vive um padre vilão, que sequestra a protagonista. A novela é um sucesso absoluto e já teve mais de 27,4 milhões de visualizações na plataforma ReeShort.


“Nessa trama eu faço o padre, que é um personagem fundamental porque é ele quem realmente dá o pontapé inicial em toda a história da herdeira. Ele executa o sequestro da menina ainda criança e, por causa desse trauma, ela acaba perdendo a memória e passando anos longe da família. Então, é aquele tipo de história que o público gosta, sabe? Com muita intriga, idas e vindas e aquelas reviravoltas clássicas de novela”, conta Tellategui.

O artista celebra fazer um novo formato do audiovisual. “O que eu acho mais interessante é esse formato de novela vertical. É algo muito inovador, porque ele quebra aquela coisa da novela tradicional, de ter que estar na frente da TV em um horário fixo. Aqui, os capítulos são curtos, duram entre um e quatro minutos, o que imprime um dinamismo muito veloz. E o segredo da novela vertical está no fechamento de cada episódio: sempre tem um gancho forte que te deixa agoniado para ver o próximo, o que aproxima demais o espectador da história”, pontua.

“A gente percebe que o formato vertical está ganhando muita força, com cada vez mais produções surgindo tanto em português quanto para o mercado hispânico, e até os grandes canais já estão de olho e apostando nisso, como é o caso da Globo recentemente. É uma evolução natural, né? Principalmente, se a gente pensar no trabalhador que usa o transporte público. Ele consegue acessar esse conteúdo ali no celular, de um jeito fácil, mexendo com o imaginário dele e transformando o tempo do trajeto — seja indo ou voltando do trabalho — em um momento de entretenimento”, conclui o ator argentino.

A novela vertical El Regreso de la Heredera Desaparecida teve direção executiva de Gabriel Lobo e direção de produção de Luiz Kaneda, além de direção geral de Victor Soares e assistência de direção de Ary Aguiar. No elenco, além de Juan Manuel Tellategui, estão nomes como Agostina Eulalia, Karim Hendi, Joel Roch, Caio Paduan, Lisandra Cortes e Nilson Muniz.

Com mais de 13 longas, 25 espetáculos de teatro e três séries de televisão no currículo, El Regreso de la Heredera Desaparecida é a primeira novela vertical da carreira do ator argentino Juan Manuel Tellategui, chamado pelo jornal La Nación de “um intérprete potente e generoso”. Artista nascido em Zárate, Buenos Aires, ele já esteve nas séries brasileiras Chuteira Preta (Prime Video), Toda Forma de Amor (Canal Brasil) e Manual para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis (Warner), na qual foi colega de elenco de nomes como Zé Celso e Rita Lee. Recentemente, integrou o elenco dos filmes Águas Selvagens, de Roly Santos (Imagem Filmes), uma coprodução Argentina-Brasil, e Ainda Somos os Mesmos, de Paulo Nascimento (Paris Filmes). Na Argentina, atuou em longas como Pompeya, de Tamae Garateguy, eleito Melhor Filme Argentino no Festival Internacional de Cinema de Mar Del Plata.
Veja bastidores do ator argentino Juan Manuel Tellategui na novela vertical El Regreso de la Heredera Desaparecida





Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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