Festival do Rio começa com presença do CEO do Oscar Bill Kramer, filme com Julia Roberts e estrelas na plateia

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Enviado especial ao Rio de Janeiro
Com 300 filmes na programação, o 27º Festival do Rio começou na noite de quinta-feira (2) com uma cintilante gala no tradicional Cine Odeon, na Cinelândia carioca. O evento marcou um ponto de inflexão na história do festival, celebrado pela marca recorde de filmes nacionais em competição e pela sua crescente projeção no cenário cinematográfico global.
A solenidade se desenrolou no tradicional tapete vermelho, acolhendo artistas, diretores e produtores para a exibição de gala do filme internacional Depois da Caçada, do aclamado Luca Guadagnino e protagonizado por Julia Roberts.
Posteriormente, os convidados foram à festa no Estúdio Naymovie, em São Cristóvão.

O ápice da noite foi a presença de Bill Kramer, CEO da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Oscar), e Meredith Shea, em visita ao Brasil para consolidar laços com a indústria audiovisual brasileira.
Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, destacou a importância das parcerias: “É uma honra especial receber aqui o CEO da Academ. O Festival do Rio é um lugar de reflexão, mas um lugar de alegria. Mais do que isso, venham com a gente por 11 dias de debates, 11 dias de cinema, 11 dias de grandes transformações e, principalmente, 11 dias de uma grande celebração.”
A edição de 2025 reforça o Festival como um baluarte não apenas cultural, mas também econômico. Walkiria Barbosa, codiretora, apresentou dados significativos: “A nossa indústria gerou, no ano passado, 608 mil empregos e faturou um valor de R$ 70.4 bilhões.”
Ela também anunciou que o evento sediará, em 6 de outubro, o lançamento da Federação da Indústria e Comércio do Audiovisual Brasileiro. O entusiasmo pela “seleção” do cinema nacional, com 75 longas na mostra competitiva Première Brasil, contagiou os presentes.


O ator Vinícius de Oliveira resumiu o sentimento de entusiasmo:“O que a gente tem visto é uma emoção muito bonita, né? Está sendo mais torcida de futebol, né? É muito bonito acompanhar todo esse movimento. Eu digo que o Festival é um dos pilares do cinema nacional, e não é à toa que é aqui que vai ser lançada a indústria do cinema nacional. É um festival de uma importância ímpar e única.”
Artistas e realizadores salientaram o papel democrático e essencial do Festival para a cultura e a sociedade, com exibições em mais de 25 locais pela cidade.
A atriz e produtora Lorena Comparato ressaltou o caráter de união do evento: “É o meu festival favorito. Eu acho que é muito importante para o fomento da cultura, mas também tem essa criação de um sentimento meio família, que o festival vira a grande família da cultura, não só carioca, como mundial.”
Reforçando a missão social e a relação com o público, o ator Hugo Moura destacou a acessibilidade: “O Festival do Rio vem para aplacar essa dor e essa necessidade mesmo da população de assistir filmes que talvez não entrem em cartaz tão rápido ou assistir filmes brasileiros que não teriam a divulgação, se não fosse o Festival do Rio.”
O executivo Glauco Paiva, Gerente Executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell (Patrocinadora Master), endossou o propósito do Festival: “Eu me arrisco a dizer que a gente insiste em contar histórias, porque histórias são espelhos. Através do cinema, da literatura, do teatro, uma pessoa, uma comunidade, um país, se enxergam e se inspiram e se projetam para o futuro.”
O Festival do Rio 2025 prossegue até 12 de Outubro, com uma programação vasta de mais de 300 filmes, debates e o Rio Market, o evento do mercado audiovisual.
*Miguel Arcanjo Prado é jornalista e crítico oficialmente credenciado no Festival do Rio.
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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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