Adelino Costa estreia solo Não Tem Meu Nome no Teatro Arthur Azevedo

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
O monólogo “Não Tem Meu Nome”, escrito, dirigido e interpretado por Adelino Costa, faz temporada no Teatro Arthur Azevedo, na Mooca, em São Paulo, de 3 a 26 de outubro. A obra traz à baila discussões urgentes sobre intolerância, identidade periférica e a complexa noção de pertencimento.
A peça é uma imersão nas vivências de infância e adolescência de Adelino, crescido na COHAB de Guaíba (RS), e parte de inspirações literárias como “O Avesso da Pele” de Jeferson Tenório e “Pertencimento: Uma Cultura do Lugar” de bell hooks. Na encenação, o artista e seu personagem se fundem, expondo o silenciamento de comunidades subalternizadas e a violência mascarada pela falsa ideia de uma visão de mundo universal.
Com uma linguagem minimalista, Adelino Costa resgata memórias e observa os desafios enfrentados pela população periférica, para questionar a hegemonia de uma sociedade predominantemente burguesa e branca. A dramaturgia, resultado de sua pós-graduação, propõe uma reflexão profunda sobre as relações sociais e, sobretudo, humanas.
O artista, que conta com duas décadas de experiência nos palcos, espera sensibilizar seus espectadores. “Se o espetáculo conseguir provocar no público 10% da reflexão que o processo me proporcionou, aposto que sairá tocado pela proposta”, aposta.
Espetáculo: Não Tem Meu Nome
Local: Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo)
Temporada: 03 a 26 de outubro (sexta e sábado, 20h; domingo, 18h)
Ingressos: R$ 30 (inteira)e R$ 15 (meia)
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ADELINO COSTA é ator e produtor há 22 anos. Gaúcho radicado em São Paulo desde 2010. Integrou a Cia Teatro di Stravaganza, de Porto Alegre, entre 2007 e 2012. É pós-graduado em Direção Teatral. Dirigiu três espetáculos e atuou em mais de 15 produções. Em 2008, com a montagem de “A Comédia dos Erros”, venceu a categoria de Melhor Espetáculo no Prêmio Braskem e também no Prêmio Açorianos de Teatro, no qual foi indicado como melhor ator coadjuvante e produtor. Como produtor, contribuiu em três edições do Festival Internacional Porto Alegre Em Cena, com grandes nomes do teatro nacional e internacional, como Bob Wilson, Peter Brook, Pina Bausch, Antunes Filho, Zé Celso e Grace Passô. Integrou a equipe da Feira do Livro de Porto Alegre por cinco edições, além das Produtoras Opus Promoções, Chaim Produções e Fixação Cultural. Em 2012, produziu a Ópera “Pelléas e Mélisande”, sob direção de Ivacov Hillel, no Teatro Municipal de São Paulo. Em 2025, atua no seu solo Não Tem Meu Nome. @_adelinocosta
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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