Mostra A Cidade em Movimento completa 10 anos na CineBH com filmes de Belo Horizonte

CineBH celoebra dez anos da Mostra A Cidade em Movimento, com foco em filmes de Belo Horizonte © Leo Lara Universo Produção Blog do Arcanjo 2023

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Enviado especial a Belo Horizonte

A 19ª CineBH acolhe a efeméride da décima edição da Mostra A Cidade em Movimento, que foca no cinema feito em Belo Horizonte e que tem a cidade e sua poética como protagonistas. Sob a batuta curatorial de Bruna Piantino, são treze obras que se desdobram em cinco eixos temáticos.

Nesta quinta-feira, o olhar se volta para a sessão “Heterotopias | Da Revolução Cromática à Ventura Migratória”. A partir das 19h, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil, o público será conduzido por uma tríade fílmica que mergulha em questões nevrálgicas da contemporaneidade: “Vidas (ou)vidas – Yusuf”, de Luís Evo, “Babilônia”, de Duda Gambogi, e “Tudo o que Quiser”, de Mariana Machado. As projeções articulam reflexões pungentes sobre imigração, forja identitária e conexões afetivas. O ponto alto do encontro será o subsequente debate, com a participação ilustre das parlamentares Bella Gonçalves (deputada estadual) e Célia Xakriabá (deputada federal).

O programa total se desdobra em outras facetas conceituais. Em “Atopias | Em Busca dos Cinco Sentidos”, a subjetividade é a bússola que orienta as obras “Carlito(s)” (Pedro Rena), “Um Ato do Corpo Inteiro” (Mariana Fagundes), “Ressaca” (Pedro Estrada) e “Mandinga” (Mariana Starling). A vertente “Utopias | Cantar para Encantar” dedica-se ao formato mais longo com “Lagoa do Nado – A Festa de um Parque”, de Arthur B. Senra.

A seção “Sintopias | Modos de Coexistência” congrega obras que abordam a convivência: “Não Quero Ser Capeta, Não!” (Duna Dias e Leonardo Augusto), “Escuta pra Cê Vê” (Arthur Medrado e Thamira Bastos), “Pandeminas” (Ben-Hur Nogueira), e “PPL é Quem?” (Julia Ho, Ludmilla Cabral e Coletivo Rede Quem). Finalmente, a Mostra encerra seu desenvolvimento com “Entropias | O Livre-Arbítrio como Catalisador”, exibindo o longa-metragem “Sou Amor”, assinado por André Amparo e Cris Azzi.

“São filmes feitos com muita coragem e, na maioria dos casos, com baixo orçamento”, reforça a curadora Bruna Piantino. “Sabemos que essa é uma profissão hercúlea e que, ainda que tenhamos que avançar radicalmente em termos de políticas públicas no setor audiovisual brasileiro, o coletivo de trabalhadores e operárias do cinema segue capturando um lugar ao sol para todos, ao iluminar a existência e a experiência humana como um farol”.

O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viaja a convite da CineBH. Conteúdo produzido em parceria com a Universo Produção. Acompanhe a coberturra da Mostra CineBH!

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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