Os Óculos Mágico de Charlotte faz temporada em agosto no Teatro Sérgio Cardoso

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Um presente inesperado muda para sempre a forma como uma menina vê o mundo. Assim começa o espetáculo infantojuvenil Os Óculos Mágicos de Charlotte. Criada pela ilustradora Suppa e Miguel Falabella, a peça, idealizada por Filipe Fratino, tem direção e dramaturgismo de Juliana Sanches e combina música, humor, dança e fantasia em uma experiência cênica para toda a família.
O espetáculo estreia nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso de 2 a 30 de agosto, com apresentações aos sábados, às 15h, e domingos, às 11h, com ingressos a R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada).
No elenco estão Niccole Lara (Charlotte), Adriano Tunes (Pelusso), Ana Lamana (Sylvette), Lakis Farias (Dora), Gui Giannetto (Romano), Paula Tavares (Fada Belle), Allira (Fada Manu) e Nestor Fonseca(Valentão).
Na trama, Charlotte perde um dente de leite e, em troca, ganha da Fada Belle um par de óculos mágicos. A partir daí, ela passa a enxergar o mundo como ele poderia — e deveria — ser: mais gentil, mais colorido, mais justo. Ao lado de seus amigos e do seu cão Pelusso, embarca em aventuras cômicas e poéticas, revelando como atitudes simples têm o poder de transformar a realidade. “A Charlotte é uma menina especial, que pode nos ajudar a construir uma nova geração mais tolerante, consciente e curiosa. Os óculos revelam cenas de aprendizado, convivência e celebração das riquezas do Brasil, como as festas populares e a diversidade cultural”, destaca Falabella. Ele também comenta que o cão Pelusso representa uma consciência crítica: “É o animal que olha para a humanidade com humor, mas também com filosofia.”
Inspirado na série animada homônima exibida no Disney+, YouTube e demais plataformas digitais, o espetáculo é o primeiro lançamento teatral da companhia O Mundo de Charlotte Produções, formada por Suppa, Miguel Falabella e Filipe Fratino. Voltada ao público infantil, a companhia aposta em produções autorais que combinam excelência artística, conteúdo transformador e um olhar respeitoso para a infância em toda sua diversidade. “Quando eu e Suppa criamos a personagem Charlotte, estávamos preocupados com uma educação que agregasse valor à infância no Brasil. A educação dá sentido à vida, e é uma obrigação de nós, que trabalhamos com arte, formar as crianças para o futuro”, afirma Falabella.
Na adaptação feita por Juliana Sanches, os episódios da série ganharam uma macro dramaturgia pensada para o palco. “Cada episódio tem uma temática importante — natureza, poluição, desigualdade — e minha missão foi criar conflitos e soluções que pudessem amarrar tudo isso em uma narrativa única, com mais humor e ritmo cênico”, explica a diretora. Juliana também destaca o trabalho com o elenco: “Foi um desafio dar vida a personagens que já existem no imaginário infantil, ainda mais vindos de uma animação. Mas os atores vieram com a energia certa, estudaram muito. Temos três artistas nordestinos no elenco, o que trouxe uma sonoridade nova à peça. E o elenco cresceu durante a seleção: íamos escolher cinco, mas nos encantamos tanto que decidimos ampliar os papéis. Isso somou demais à montagem.”
Para Suppa, o desafio foi adaptar para o palco, em uma hora de espetáculo, o universo da série animada: “O Filipe Fratino juntou os episódios e criou uma trama que foi amarrada pelo dramaturgismo da Juliana Sanches. Como cada episódio tem uma música original do Miguel, a forma mais natural de contar essa história no teatro foi como um musical.” Ao todo, a peça reúne dez músicas inéditas de Falabella, com direção musical de Vinicius Loyola e coreografias de Tatiana Ribeiro.
A direção de arte também é de Suppa, que buscou traduzir o impacto visual da animação para o palco. “As projeções ocupam telões com os ambientes da peça. Os figurinos foram inspirados na série, mas redesenhados para o teatro, com muita pesquisa de tecidos, estampas e texturas. Cada música tem um adereço diferente — como no Halloween, por exemplo.” Outro desafio da adaptação foi transformar Pelusso, o cachorro de pelúcia de Charlotte, em um personagem falante após ela colocar os óculos. “Criamos um boneco manipulado por um ator, e ficou perfeito!”, conta a artista.
Mais do que magia, o espetáculo propõe uma reflexão sobre empatia, convivência e responsabilidade coletiva. “Os óculos mostram o mundo como ele pode ser melhor. Mas para isso acontecer, são as pessoas — inclusive as crianças — que precisam agir. Cuidar da natureza, respeitar as diferenças, ser honesto, gentil. A peça fala sobre isso com leveza e alegria”, resume Suppa.
Com uma linguagem acessível e cheia de camadas, Os Óculos Mágicos de Charlotte convida crianças e adultos a refletirem juntos sobre como olhar para o mundo com mais curiosidade, atenção e carinho.
Sinopse:
Inspirado na série homônima exibida no Disney+ e no YouTube, o musical infantojuvenil Os Óculos Mágicos de Charlotte conta a história de uma menina que, ao ganhar um par de óculos da Fada Belle, passa a enxergar o mundo como ele poderia ser: mais justo, colorido e gentil.
Ficha Técnica:
Canções/letras: Miguel Falabella. Idealização: Filipe Fratino. Direção e dramaturgismo: Juliana Sanches. Assistência de direção: Nicolas Trevijano. Direção musical e arranjos: Vinícius Loyola. Direção de arte/Cenários e figurinos: Suppa. Coreografia: Tatiana Ribeiro. Desenho de luz: Thiago Capella. Adereços e produção de cenário e figurinos: Felipe Cruz. Perucas e visagismo: Matte Gadelha. Criação boneco: Matias Ivan Arce. Assistentes de figurino e adereços: Marcel Marques e Marcelo Simões. Assistente de produção: Fani Feldman.Designer gráfico: Eduardo Reyes. Fotógrafa: Fernanda Hernandez. Direção de produção: Filipe Fratino. Produção executiva: Andrea Marques. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Administração: Vera Gouveia.
Elenco: Niccole Lara (Charlotte), Adriano Tunes (Pelusso), Ana Lamana (Sylvette), Lakis Farias (Dora), Gui Giannetto (Romano), Paula Tavares (Fada Belle), Allira (Fada Manu) e Nestor Fonseca (Valentão).
Serviço:
Os Óculos Mágicos de Charlotte
Classificação: Livre Duração: 60 minutos.
TEATRO SÉRGIO CARDOSO | SALA PASCHOAL CARLOS MAGNO
R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01326-010
Transporte Público: Estação mais próxima: Bela Vista.
Temporada: De 2 a 30 de agosto de 2025 – Sábados às 15h e domingos às 11h.
Ingressos: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia-entrada)
Vendas: Na bilheteria do teatro ou pela Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/108421/d/328370/s/2243901
Obs.: Dia 9/08 não haverá apresentação. Dias 6, 7, 14 e 30 de agosto, sessões gratuitas com retirada de ingressos 1 hora antes, na bilheteria do teatro.
Vendas antecipadas: terça a sábado, das 14h às 19h
Bilheteria: das 14h até o horário da apresentação.
Contato bilheteria: (11) 3288-0136
Capacidade: 149 lugares.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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