Dzi Croquettes Sem Censura celebra 50 anos do grupo de vanguarda que revolucionou o teatro e os costumes

Memórias de um eterno Dzi Croquetes chamado Ciro Barcelos: Dzi Croquettes Sem Censura estreia no Teatro Itália © Ronaldo Gutierrez Blog do Arcanjo 2025

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Um grupo de jovens artistas capitaneados por outro bem mais experiente no alto de seus 71 anos corre contra o tempo no palco do Teatro Itália. O foco são os ajustes finais de um espetáculo que carrega em si a missão de representar o maior fenômeno internacional do teatro brasileiro: Dzi Croquettes. O espetáculo musical Dzi Croquettes Sem Censura, que estreia nesta quinta,12, sob direção e com protagonismo do Dzi original Ciro Barcelos, chega ao palco no mês da diversidade para celebrar os 50 anos de fundação do grupo lendário que virou sinônimo de desbunde e contracultura nos lisérgicos anos 1970.

Dzi Croquettes © Acervo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

Há nomes que, ao serem pronunciados, evocam um tempo. Dzi Croquettes é, sem dúvida, um desses nomes – um rastro luminoso de genialidade que, em meio à asfixia da ditadura militar, ousou desafiar o status quo e redefinir a cena cultural brasileira com sua irreverência e audácia.

Dzi Croquettes Sem Censura © Ronaldo Gutierrez Blog do Arcanjo 2025

Passado meio século, a história desse grupo icônico emerge, não como uma mera lembrança empoeirada, mas como um mergulho visceral em sua essência. Dzi Croquettes Sem Censura convida o público a reviver a efervescência de um movimento que transcendeu o palco e se tornou um modo de vida.

Dzi Croquettes Sem Censura © Ronaldo Gutierrez Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Elenco diverso

Para fazer jus à diversidade de talentos que compunham os Dzi Croquettes originais, Ciro Barcelos foi cuidadoso na escolha do elenco. “Depois que divulgamos as audições, inclusive você publicou no seu Instagram, Miguel Arcanjo, e virou aquela loucura. Virou uma loucura mesmo, com o e-mail da produção recebendo centenas interessados. Foi mesmo um alvoroço, né? Eu fiz três dias de audição. Fui muito criterioso, porque eu não queria pegar um elenco só corpo de baile de teatro musical, sabe? Queria pegar tipos, com physique du rôle, porque os que estão aí respondem bem a cada um dos Dzi. Então, peguei, alguns que dançavam menos. Então foi aula, aula, aula até preparar esse time. Éramos 13. Aqui estamos em 12″, afirma.

Em Dzi Croquettes Sem Censura, Ciro Barcelos interpreta a si mesmo e Lennie Dale, no espetáculo, que também traz Daniel Suleiman, no papel de Ciro na juventude; Fernando Lourenção, como Bayard Tonélli; Akim, como Carlinhos Machado; Celso Till, no papel de Claudio Gaya; Jonathan Capobianco faz o Rogério de Polly; Kaiala, atriz não binária, mostrará os dois lados vivendo Nêga Vilma e Benê; Feccini como Reginaldo de Polly; André Habacuque como Claudio Tovar; Bruno Saldanha é Paulette; e, por fim, Juan Becerra interpreta Wagner Ribeiro.

Dzi Croquettes © Acervo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

Momento propício para falar dos tempos de ditadura

O espetáculo Dzi Croquettes Sem Censura chega em momento propício, quando nos cinemas faz sucesso a cinebiografia de Ney Matogrosso, Homem com H, contemporâneo do grupo e dono do mesmo espírito livre. Além disso, filmes recentes tiveram sucesso retratando a ditadura militar, como Ainda Somos os Mesmos, de Paulo Nascimento, vencedor de Melhor Filme Independente do Festival de Montreal; o vencedor do Oscar Ainda Estou Aqui, de Walter Moreira Salles e com a vencedora do Globo de Ouro Fernanda Torres; e O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, vencedor de Melhor Filme e Melhor Ator para Wagner Moura no Festival de Cannes.

Ney Matogrosso e Ciro Barcelos no camarim de Dzi Croquettes em Bandália no Teatro Leblon © Arquivo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

Ciro Barcelos celebra o momento acolhedor para a volta dos Dzi Croquettes.”É o universo conspirando”, ele avisa. “Quando eu vi o filme do Ney, fiquei muito emocionado, porque o show Homem com H, na época, fui eu que coreografei. E a gente é muito, muito próximos”, diz.

Ele ainda lembra um dado importante. “Quando os Dzi Croquettes estávamos no extinto Teatro Treze de Maio, o Ney Matogrosso também estava em cartaz no mesmo bairro, no Teatro Ruth Escobar, com o show do Secos e Molhados. Então, é muito lindo e muito providencial essa história do Ney nos cinemas com tanto sucesso junto com a nossa história de volta ao teatro, quem viu o filme Homem com H precisa ver Dzi Croquettes Sem Censura“, avisa.

Ney Matogrosso em 1974 © Madalena Schwartz Divulgação IMS Blog do Arcanjo 2025

“Tanto o filme do Ney quanto nossa nova peça dos Dzi Croquettes mostra essa galera toda que fez frente, que meteu o pé na porta, que encarou os militares. Estamos aí para contar essa história, mostrar essa geração”, pontua Ciro Barcelos, que entrou para os Dzi Croquettes com apenas 17 anos, após ficar amigo de Sonia Braga e fugir do Rio Grande do Sul para entrar no icônico espetáculo Hair. Depois, se abrigou na casa carioca do bailarino estadunidense Lennie Dale, que foi astro na Broadway, adotou o Brasil nos anos 1960 após ficar fascinado por nossa música, ensinou movimento de palco a Elis Regina e até gravou um disco de bossa nova.

Dzi Croquettes © Acervo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

Memória viva

Membros original dos Dzi Croquettes, Ciro é a alma da memória cênica do grupo. É ele quem, com a profundidade de quem viveu cada riso, cada lágrima, cada ato de resistência, revisita e ressignifica a trajetória dos Dzi Croquettes.

Em Dzi Croquettes Sem Censura, Barcelos assina a dramaturgia, a direção, a coreografia, a concepção cênica além de interpretar a si mesmo e ao lendário Lennie Dale, seu ex-namorado.

Ciro Barcelos e Lennie Dale nos Dzi Croquettes © Acervo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

“Minha experiência tendo feito parte da formação original do grupo é fundamental para recontar essa história vivida por mim, pois não existem muitos registros detalhados do que verdadeiramente foi e significou o encontro de 13 atores vivendo em comunidade em torno de um mesmo ideal”, revela o artista.

Essa perspectiva em primeira pessoa, que transcende a cronologia factual para abraçar a vivência humana, confere à peça uma cadência e uma verdade inegáveis.

Lennie Dale e Ciro Barcelos em Dzi Croquettes © Arquivo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

Dzi Croquettes Sem Censura não se limita aos feitos dos artistas no palco, mas adentram nos meandros e intimidades de uma casa compartilhada, de uma comunidade quase hippie de artistas unidos pelo ideal de um palco iluminado. São histórias de indivíduos que, em tempos de perseguição e exílio, encontraram na arte um refúgio e uma arma.

Dzi Croquettes e Liza Minelli © Acervo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

Dzi Croquettes, as internacionais

Conto para Ciro Barcelos que quando entrevistei Liza Minelli no aeroporto de Guarulhos em 2007 e a perguntei o que ela gostava no Brasil, a diva de Cabaret de pronto respondeu: “Dzi Croquettes e Gilberto Gil”. Ciro aproveita a deixa para lembrar o furor internacional que os Dzi Croquettes causaram na Paris dos anos 1970.

Liza Minelli e Patrice Calmette na estreia dos Dzi Croquettes em Paris © Arquivo Ciro Barcelos Blog do Arcanjo 2025

“Olha, Arcanjo, a Liza Minelli foi realmente esse grande encontro. Quando ela foi fazer o show dela lá no Rio de Janeiro, em 1972, ela assistiu a gente e ficou louca, louca, louca, louca! O Lennie Dale coreografou um número para o show dela, gravamos um Fantástico dançando com ela, e dali ficou, elegemos a Liza Minelli como nossa madrinha, né? Depois, quando a gente foi para Paris, ela, com o Mick Jagger e o. E o Patrice Calmette, um grande fotógrafo francês e relações públicas de celebridades e espetáculos de Paris, se juntaram e levaram a gente para lá”, recorda.

“Por isso, na nossa estreia parisiense estavam todos os grandes nomes. Cara, imagina eu, com 18 anos, meu ídolo era o Mick Jagger. Abra a cortina e dou de cara com o Mick Jagger, com o bailarino russo Rodolfo Nureyev, com a atriz Catherine Deneuve, com o Andy Warhol, com os grandes cineastas franceses, Allan Delon, Jeannie Moreau…. Foi uma coisa inexplicável essa sensação. O Lennie teve um surto, ele panicou, quase não entrou em cena, de tão nervoso que estava”, lembra.

Pergunto: os Dzi Croquettes nasceram com a estrela? “Eu acho que é uma conjunção cósmica mesmo, daquelas 13 pessoas se juntarem no momento certo, no lugar certo. Porque fomos muito mais do que um espetáculo, foi um movimento. Quando a gente estava no extinto Teatro Treze de Maio, aqui em São Paulo, eram dois espetáculos: um no palco e outro na plateia. Porque todo mundo começou a vir vestido como os Dzi Croquettes. Além do povo de São Paulo e do interior, vinha também todo mundo do Rio, vinha Gal Costa, vinha Caetano Veloso, Simone, Maria Bethânia, todo mundo vinha pra assistir a gente aqui no teatro. Foi um fenômeno!”.

Homens barbados de saia

A imagem que acendeu chama dos Dzi Croquettes está bem no começo da peça. “Homens barbados exibindo pernas peludas sob vestidinhos sensuais e em cima de saltos altos”. O que era um bloco de Carnaval carioca dos anos 1970 foi o ponto de partida para a criação do grupo que se tornou símbolo da contracultura brasileira.

Após muitos anos com sua história apagada, o renascimento do interesse pelos Dzi Croquettes neste século 21 foi impulsionado pelo aclamado documentário de 2009, dirigido por Tatiana Issa e Raphael Alvarez. O filme atraiu o respeito e a curiodade das novas gerações pela trajetória do grupo, com feitos grandiosos tanto no Brasil quanto na França, onde se exilou diante da feroz perseguição da ditadura militar. Logo após o documentário, Ciro Barcelos aproveitou a sensação cult com a história do grupo e fez o espetáculo Dzi Croquettes em Bandália.

Colombiano dá toque internacional

O ator colombiano de Cali Juan Becerra dá um charme internacional e cosmopolita ao elenco dos novos Dzi Croquettes, como um dos fundadores do grupo, Wager Ribeiro. “Tem sido realmente um desafio, especialmente porque eu interpreto uma personagem muito importante na história dos Dzi. O Ciro Barcelos e o produtor Tiago de Melo Xavier acolheram o meu sotaque quando viram que eu tinha “o espírito do Wagner”, como o Ciro fala. Becerra, que vive há dez anos em São Paulo e já atuou em óperas do Theatro Municipal, lembra que os Dzi sempre foram “as internacionais” e que o próprio Wagner amava brincar em cena com sotaques. “Ele brincava de ser francesa, tinha a italiana, a alemã. Então, as nacionalidades diversas nunca foram um problema para os Dzi Croquettes, que sempre foram à frente do seu tempo”, fala. “O Brasil sempre me acolheu muito bem. Devo muito da minha carreira artística ao Brasil, país que me abriu muitas portas”, agradece.

Um novo Ciro Barcelos vindo dos musicais

Daniel Suleiman vive o desafio de viver Ciro Barcelos, além de contracenar e ser dirigido pelo personagem que interpreta. “Vi o documentário dos Dzi Croquettes e virei fã na hora. Quando saíram as audições, todo mundo me mandou”, lembra. Quando veio a aprovação, o ator, que já fez musicais como A Pequena Sereia, ficou surpreso, sobretudo quando foi escolhido para ser o próprio Ciro. “É uma super responsabilidade, até porque eu atuo com ele sendo ele, enquanto o Ciro faz o Lennie. Fiquei muito feliz com essa oportunidade. Fiz musicais como A Pequena Sereia e Cinderella, mas sempre nesse lugar do bailarino, do coro. E essa é a primeira vez que eu estou num lugar de ator-personagem. É um grande desafio ter um personagem tão relevante. Estou muito feliz”.

Time criativo de Dzi Croquettes Sem Censura © Ronaldo Gutierrez Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Time criativo potente

A dramaturgia conta com a valiosa colaboração de Julio Kadetti, dramaturgo e roteirista de vasto currículo. A preparação de elenco é assinada por Liane Maya, cuja trajetória em teatro musical e televisão é marcada por indicações a prêmios importantes. A assistência de direção fica a cargo de Talita Franceschini, atriz e diretora assistente com sólida formação artística. E a supervisão cênica é responsabilidade de Kleber Montanheiro, nome consagrado no teatro musical brasileiro, vencedor de prêmios como o APCA, Bibi Ferreira e Prêmio Arcanjo. Juntos, esses profissionais tecem uma tapeçaria cênica que promete transportar o público para a efervescência dos anos Dzi.

“Ciro foi ver Tatuagem e se apaixonou para loucura que a gente tinha ali na Cia da Revista. Então nos identificamos muito. Os Dzi Croquettes abriram portas para tudo. A gente está aqui hoje por causa deles”, reforça Kleber Montanheiro.

“Estar próximo dessa história, da possibilidade de ter um olhar, o meu olhar, sobre tudo que eles fizeram para a cultura e pela liberdade na sociedade, é entender um pouco de dentro onde tudo isso começou. Isso é muito importante para o artista que sou”, diz Montanheiro. “São histórias que não podem morrer, como a da Carmen Miranda. As novas gerações vão perdendo essas histórias e temos de recontá-las”.

Tiago de Melo Xavier é o produtor do Dzi Croquettes Sem Censura © Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Um produtor apaixonado pelos Dzi Croquettes

Dzi Croquetetes Sem Censura marca a estreia em produções teatrais da TMX Produções, sob a batuta de Tiago de Melo Xavier, que montou o espetáculo sem editais ou patrocinadores.

“Os Dzi Croquettes continuam sendo visto como um teatro marginal, fora da curva. Mesmo com tudo que conquistamos, de fazer peça com Liza Minelli, Mick Jagger e Andy Warhol na plateia. Fomos precurssores e vanguardistas em tudo que está aí sobre discussões de gênero e sexualidade. E isso 50 anos atrás e em plena ditadura militar”, reforça Ciro Barcelos.

“As empresas, infelizmentes, não se mostraram disponíveis a colocar suas marcas junto ao Dzi Croquettes ainda. Mas eu e o Tiago de Melo Xavier, que é um produtor novo no teatro, mas com muita experiência no mercado e muito competente, resolvemos fazer. No começo a proposta era uma coisa pequenininha, mas aí foi crescendo, crescendo. Ele mergulhou comigo e eu fui pirando, obviamente [risos]”, confidencia Ciro. “Eu digo que os encantados, os entes dos Dzi, foram pedindo mais e mais. Aí chegou nesse lugar que vocês vão ver. Eu queria uma hora e meia, mas ficou duas horas e meia com intervalo”.

Tiago, que veio de Rondônia 20 anos atrás para fazer teatro em São Paulo e depois enveredou para o mundo da publicidade e morou oito anos em Portugal, conheceu Ciro Barcelos em uma oficina e ambos se apaixonaram pela personalidade um do outro. “E aí eu embarquei nessa jornada que era pra ser um monólogo e terminou com 13 atores! Como editais iram demorar, não quisemos perder o tempo. O time é esse. Eu acho que não existe time melhor pra essa peça sair do que esse. Ainda mais depois do Oscar pro Ainda Estou Aqui, do Walter Moreira Salles com a Fernanda Torres, do filme do Ney, Homem com H, que está incrível, do filme do Kleber Mendonça, O Agente Secreto, duplamente premiado em Cannes. Então, esse é o momento de a gente falar desse momento da ditadura, as pessoas estão abertas à essa temática”, analisa.

“A gente recebeu algumas negativas de empresas, já que não temos famosos no elenco, tem bunda de fora… É a mesma coisa careta dos anos 1970. Não mudou nada. Então, eu falei, bom, eu tenho uma rescisão aqui. Vamos fazer com a rescisão que eu tenho? Aí eu contei com a ajuda de muitos amigos a partir disso”, conta.

“A nova geração precisa conhecer os Dzi Croquettes, eles foram apagados os livros e das aulas de história. Eles são a ancestralidade LGBTQIAP+ e o feito internacional que conquistaram é comparável ao de Carmen Miranda, Tom Jobim, João Gilberto e Anitta. Os Dzi Croquettes são o maior feito do teatro brasileiro a nível internacional”.

Dzi Croquettes Sem Censura © Ronaldo Gutierrez Blog do Arcanjo 2025

Dzi Croquettes Sem Censura faz curta temporada, ficando em cartaz de 13 de junho a 27 de julho de 2025 no Teatro Itália, em São Paulo. Os ingressos, com valores entre R$ 50 e R$ 160, já estão disponíveis na Sympla.

Dzi Croquettes © Madalena Schwartz IMS Divulgação Blog do Arcanjo 2025

Serviço

Estreia Dzi Croquettes Sem Censura | curta temporada | São Paulo (SP)

Onde: Teatro Itália (Av. Ipiranga, 344 – República) 

Estreia: dia 12 de junho, de quinta a domingo, às 20h30min; e no mês de julho: sábado e domingo, às 20h30min

Classificação indicativa: 16 anos

Ingressos: R$ 160 (inteira)

Informações: @dzicroquettes

Ingressos https://bileto.sympla.com.br/event/106032/d/317388/s/2165245

Sinopse

Dzi Croquettes Sem Censura reconstrói a história viva de um dos grupos mais revolucionários do teatro brasileiro. Em tempos de censura e repressão, eles criaram liberdade com seus próprios corpos, e 50 anos depois, a verdadeira história dos Dzi Croquettes volta aos palcos com esse espetáculo que mergulha nos bastidores de um dos coletivos artísticos mais provocativos e inovadores do país. Fundado em 1972 por Wagner Ribeiro e Lennie Dale, o Dzi Croquettes não apenas desafiou o regime militar, mas também expandiu as fronteiras da arte brasileira ao combinar teatro, dança e música em uma linguagem cênica que atravessou gerações. Mais do que relembrar um sucesso de público, o espetáculo revela a complexidade da vida em comunidade, a coragem diante da censura e o legado afetivo de uma geração que ousou sonhar e lutar.

Ficha Técnica

Texto – Ciro Barcelos

Colaboração de dramaturgia – Júlio Kadetti

Direção – Ciro Barcelos

Supervisão Cênica – Kleber Montanheiro

Assistente de direção – Talita Franceschini

Preparação de elenco – Liane Maya 


Direção de Produção: Tiago Xavier

Elenco – André Habacuque, Akim, Bruno Saldanha, Celso Till, César Viggiani, Ciro Barcelos, Daniel Suleiman, Fernando Lourenção, Jonathan Capobianco, Juan Becerra, Kaiala

Iluminação – Gabriele Souza

Cenografia – André Habacuque 


Desenho de maquiagem : Shary Camerini

Figurino Concepção – Ciro Barcelos

Criação e Execução de figurino: – Henrique Versoni – ⁠Su Martins – ⁠Acrides Júnior – ⁠Fernando Callegaro 


Costureira : Sônia Oliveira

Direção Musical e Arranjos – André Perine


Direção Vocal – Bruno Santos

Preparação Vocal – Glaucia Verena

Produção executiva: Bruno Aredes , Isabella Mello e Tiago Xavier

Diretor de Marketing e comunicação: Tiago Xavier 

Designer – Felypso Cipelli

Redes sociais – Mariah Gabriela e Bruno Saldanha 

Assistente de produção – Fernando Callegaro

Coreografia – Ciro Barcelos

Coreografia Bolero – Ronaldo Gutierrez

Assistente de Coreografia – Akim

Preparação Física – Christian Andrade


Catering – Casa 12 


Idealização – Ciro Barcelos

Realização: TMX Produções

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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