Prêmio WeDo! de e-Teatro tem sessões digitais de 13 peças e faz cerimônia da 2ª edição

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Comemorando a marca de 40 mil acessos e 15 mil espectadores distribuídos por 23 estados brasileiros e 13 países, o e-Teatro WeDo! – inaugurado em fevereiro de 2021 – apresenta a segunda edição do Prêmio WeDo! de e-Teatro com patrocínio da Sabesp via Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). A mostra de teatro on-line reúne 13 espetáculos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, que chegam ao público de 3 a 10 de outubro em sessões totalmente digitais.
Um panorama de criações e debates que movimentam o teatro contemporâneo poderá ser acompanhado no palco virtual do e-Teatro WeDo!. A seleção de espetáculos contempla diferentes abordagens trazidas em cada obra para tecer uma mostra plural, que amplifica vozes e discursos dos artistas com temáticas urgentes.
A programação conta com montagens de sucesso de público, como os paulistanos Amadeo – direção de Nelson Baskerville e elenco formado por Thalles Cabral, Chris Couto, Claudia Missura, César Mello, Janaína Suaudeau e Thomas Huszar – baseado em uma história real sobre empatia, aceitação e suicídio assistido e Pontos de Vista de um Palhaço, solo de Daniel Warren sobre um palhaço que busca ajuda numa sessão de terapia, além do carioca Amores Flácidos. O primeiro texto encenado do dramaturgo Herton Gustavo Gratto, um dos vencedores da Primeira Edição do Núcleo Sesi de Dramaturgia, trata de preconceito e estigma por conta da obesidade.
Do Rio de Janeiro também integram a mostra as peças As Sete Vidas de Alva, solo de Anja Bittencourt, que apresenta de forma bem humorada temas como memória, solidão, e outras questões da terceira idade; Constância, com atuação de Joana Marinho e Claudia Ribeiro sobre a presença do negro pelo sertão brasileiro, e Revolução na América do Sul, um dos textos mais importantes de Augusto Boal. Cássio Duque, Junior Melo, Letícia Ambrósio, Levi Duarte, Maria Azevedo e Ritiele Reis encenam a trajetória do operário José da Silva à procura de uma solução para a fome que o devora.
Pernambuco marca presença com O Açougueiro Online: da Sequidão da Caatinga aos Mares da Web, versão digital do premiado monólogo O Açougueiro, com atuação de Alexandre Guimarães e texto e encenação de Samuel Santos. Já Rinha, do catarinense Grupo Risco, é o único representante da região sul e aborda relatos sobre a masculinidade sob a ótica do teatro-documentário.
De Minas Gerais, Tempos de Errância, com os atores Narciso Teles e Guilherme Conrado tem como tema central a violência armada, enquanto O Amor de Van Gogh, de São Paulo, baseado na biografia do famoso artista, imagina Van Gogh logo após a sua morte dentro de uma de suas obras.
As peças infantis também marcam presença. Em A Borboleta sem Asas, o paulistano Grupo Trapiche, apresenta de forma lúdica como as deficiências podem ser eficiências singulares e A Casatória da Defunta, da Cia Pão Doce, do Rio Grande do Norte, mostra as peripécias de quem já partiu desta vida para uma melhor. Da Bahia, as atrizes Ana Mendes e Manu Santiago abordam como a leitura e a contação de histórias podem ser uma alternativa divertida para as telas de computadores e celulares em Histórias do Mundão.
Para Carol Guimarães, uma das criadoras do e-Teatro WeDo!, o e-Teatro é a linguagem cênica que vem ganhando mercado, unindo teatro, audiovisual e tecnologia. “O encontro perfeito entre a arte da interpretação com o público, criando uma conexão entre a peça e o espectador, tornando-se uma experiência única entre artista e usuário”, explica ela.

225 inscritos de todo o Brasil
A curadoria da mostra, formada por Eliane Rocha (atriz e diretora, mestre em Performances Culturais pela Universidade Federal de Goiás), Gil Oliveira (profissional da área da beleza, graduado em Artes Cênicas e pós graduado em História da Arte) e Hsu Chien (graduado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense e diretor dos longas-metragens Desapega e Um Dia Cinco Estrelas) selecionou os 13 espetáculos entre as 225 inscrições de todo o Brasil.
Os espetáculos da segunda edição do Prêmio WeDo! de e-Teatro apresentam a multiplicidade do universo teatral e articulam questões contemporâneas políticas e sociais com o objetivo de ampliar o acesso do público a uma variada programação. “Buscamos temas fundamentais para as novas gerações, como a diversidade cultural, acessibilidade e meio-ambiente em um novo formato para a linguagem do Teatro Digital. Assim, o projeto representará a voz de uma nova geração de artistas e, principalmente, das comunidades identitárias que vêm ganhando força social e política nas últimas décadas, em produções que exprimem os anseios por transformação”, adianta Adriana Paulini Leão, produtora executiva do e-Teatro WeDo!.
As 13 montagens também estarão concorrendo ao Prêmio WeDo! de e-Teatro nas categorias Espetáculo, Direção, Dramaturgia, Interpretação Principal, Interpretação Coadjuvante, Figurino, Cenografia, Linguagem Audiovisual, Iluminação, Maquiagem e Visagismo, Trilha Sonora e Espetáculo Júri Popular. Para essa segunda edição há uma novidade, o Prêmio Produção Sustentável, que será concedido em parceria com a Sabesp, patrocinadora do evento.
Para analisar as obras foi escalado um time de cinco jurados formado por Naná Povoas (jornalista, diretora, bailarina, atriz e cantora), Renata Bozzy (atriz, cineasta e especialista em Method-Acting), Roger Ribeiro (ator, roteirista, diretor e produtor), Bruno Moreira (advogado, mestre em Direito, jornalista e ator) e Thamiris Mandú (atriz, bailarina clássica e apresentadora).
Cerimônia de premiação
Os vencedores da segunda edição do Prêmio WeDo! de e-Teatro serão conhecidos em uma cerimônia no dia 10 de outubro, terça-feira, às 19h, no Mundo do Circo. O evento presencial terá transmissão ao vivo pelo e-Teatro WeDo! e contará com Nany People como apresentadora. A artista também fará uma apresentação do seu pocket show Nany é Pop. Outra atração da noite de premiação é a performance da bailarina trans não binária Brun Willi que funde dança e imagem em suas coreografias.
Novidades no Teatro WeDo!
Inaugurado em fevereiro de 2021, o e-Teatro WeDo! chega a segunda edição do Prêmio WeDo! de e-Teatro, acompanhando as evoluções tecnológicas. Agora, a plataforma permitirá que o público escolha seu próprio avatar, ampliando assim a interatividade dentro da plataforma, inclusive durante o espetáculo, através do auxílio da gameficação.
Outra novidade é a criação do ambiente do café com mesas-talks, onde o público pode se encontrar com amigos e conversar em salas de bate-papo ou mesmo conhecer novas pessoas. Os espectadores poderão assistir aos espetáculos em grupo e comentar com seus amigos momentos emocionantes das obras e até mandarem aplausos no final de cada apresentação.
O e-Teatro WeDo! integra a produtora cultural WeDo! Entretenimento criada pela artista Carol Guimarães em parceria com Adriana Paulini Leão, Isabel Hani, Danilo Cruz e Vanessa Gasparini. Além das peças produzidas pela produtora, a ideia é que a plataformatransmita espetáculos do país inteiro abrindo espaço para novos artistas e para a cultura regional fomentando a produção de e-Teatro. Com a realização de quatro festivais teatrais e mais de 20 espetáculos, o espaço cultural, que alia cultura e tecnologia, já recebeu peças de grandes nomes do teatro brasileiro, como Zé Celso, Irene Ravache, Arlete Salles, Pedro Granato, Silvero Pereira e Luis Lobianco.
“A democratização ao acesso à cultura é o ponto principal na criação do e-Teatro WeDo!. Nosso objetivo é expandir as fronteiras e levar arte onde, por diversas questões, ela não consegue chegar, mas os dispositivos com internet já. A plataforma permite oferecer experiências únicas tanto para os fãs do teatro quanto para aqueles que não têm acesso fácil a espetáculos culturais, tanto pela distância quanto pelo preço dos ingressos. Um novo caminho de formação de público, por meio da digitalização do teatro, dança, apresentações musicais e eventos culturais”, pontua Carol.
Programação (por ordem de apresentação)
O AMOR DE VAN GOGH (São Paulo)
3 de outubro, terça-feira, 19h
58 minutos | 10 anos
Logo após a sua morte, Van Gogh desperta dentro de uma de suas obras e passa a observar a vida além da tela. Preso em sua pintura, o artista percebe a reação das pessoas sobre sua arte, além de despertar em si sentimentos guardados de amores e paixões à aquela que sempre o inspirou, a pintura. Dentro deste universo, Van Gogh luta para compreender sobre sua situação de loucura e beleza e a partir daí desvenda sentimentos e ideias para conseguir se libertar de seus tormentos. Theo, seu querido irmão, e outros personagens o ajudam a encontrar o caminho da paz e felicidade plena. Mas será que ele vai conseguir?
Texto e Direção: Alan Moraes | Codireção: Eduardo Moreno | Elenco: Alan Moraes, Eduardo Moreno e Rycardo Moreno | Músicos: Julio Murça, Michael Yuri e Rafaela Cruz | Vozes: Nanndo Cunha, Tainan Pongeluppe, Fabiana Carfig, Marina Schmitt e Beatriz Schmitt | Consultoria: Eduardo Piloni e Yuri Levy | Som e Luz: Alex Nogueira | Contrarregragem: José Padiila | Camarim: Debora Demétrio | Visagismo: Claudinei Hidalgo | Figurinos: Alan Moraes e Claudinei Hidalgo | Músicas compostas pelo núcleo artístico AMO Entretenimento | Produção Executiva: Thiago Catelani | Fotos: Ronaldo Gutierrez.
CONSTÂNCIA (Rio de Janeiro)
3 de outubro, terça-feira, 21h
50 minutos | 12 anos
A construção da poética do espetáculo se inicia com a reconstrução das memórias pessoais das atrizes-pesquisadoras Claudia Ribeiro e Joana Marinho e de seus antepassados, e acaba por contestar e ressignificar alguns dos processos históricos que formaram a cultura brasileira. As artistas se debruçaram sobre a influência da presença do negro pelo sertão. “Somos duas mulheres negras, que temos na nossa ancestralidade essa religiosidade sertaneja. É uma religiosidade que transita entre magia, e misticismo, passando pelos candomblés, umbandas e quimbandas, a religiosidade indígena e o catolicismo trazido pela colonização”, explica Joana Marinho.
A dramaturgia também foi inspirada em diversas obras da literatura e do cinema – Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus; Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; o poema Miradas Sertanejas, de Daniel Fagundes e os documentários Carro de Bois, de Humberto Mauro e Aboio, a Poesia do Vaqueiro, de Tárcio Araujo –, além de cantigas e vissungos, alguns deles conhecidos pela voz de Clementina de Jesus. Já a linguagem cênica nasceu do encontro das duas atrizes com um processo profundo de pesquisa teatral no APA – Ateliê de Pesquisa do Ator, sob a coordenação de dois dos mais importantes atores pedagogos em atividade no país: Stephane Brodt (Amok) e Carlos Simioni (Lume).
Direção Geral e Dramaturgia: Joana Marinho | Direção Técnica: José Alcântara | Orientação Cênica: Stephane Brodt | Atrizes-Pesquisadoras: Claudia Ribeiro e Joana Marinho | Preparação Vocal: Aurora Dias | Equipe de Poesia Visual: Daniele Geammal (orientação visual), Pati Faedo (cenografia e mídias digitais), Xan Lucato (cenotécnica), José Alcântara (desenho de luz), Joana Marinho (figurino), Luiza Saad (registros fotográficos) e Amarilis Irani (assistência de iluminação) | Equipe de Sonorização e Iluminação: Paraty Show | Produção Audiovisual: DW Digital Studio | Direção de Audiovisual: Rodrigo Ceccato | Assistência de Audiovisual: Gabriel Blasco e Vitor Hugo Santana | Assessoria de Imprensa: Paula Catunda | Mídias Sociais: Rafael Teixeira | Contadora: Angélica Porto | Frete: Marcos Vinícius Bonifácio de Oliveira | Produção: Da Lua Produções – Luana Cabral e Daniela Zabludowski | Assistência de Produção: Rafu Silva | Realização: Eró Criação e Produção.
HISTÓRIAS DO MUNDÃO (Bahia)
4 de outubro, quarta-feira, 19h
64 minutos | Livre
Cansadas de só olhar o mundão através das telinhas, as irmãs Tina e Kekeu decidem que é hora de conhecer o diferente. Num mergulho sobre as palavras, a poesia e a musicalidade, as irmãs embarcam numa aventura mágica pelo mundo da leitura e da contação de histórias.
Dramaturgia: Ana Mendes, Daniel Arcades e Manu Santiago | Direção Artística: Manu Santiago e Rino Carvalho | Assistente de Direção: Ana Mendes | Atuação: Ana Mendes e Manu Santiago | Direção Musical: Luciano Salvador Bahia | Trilha Original: Ana Mendes, Daniel Arcades e Luciano Salvador Bahia | Visualidade: Lucimaureen Agra e Rino Carvalho | Iluminação: Nathan Lemos.
RINHA (Santa Catarina)
4 de outubro, quarta-feira, 21h
33 minutos | 14 anos
Em um procedimento documental, os atores do Grupo Risco ouviram de dois lutadores relatos de suas experiências com a masculinidade. Suas histórias são golpes da memória, sombras da infância, afetos quebrados e expectativas tóxicas transformadas em jogo performático pelos atores-documentaristas. A direção do trabalho é do ator e diretor Renato Turnes, da Cia La Vaca, de Florianópolis. Renato, que age como provocador e encenador, conta que o processo documental, seu objeto de estudo há alguns trabalhos, foi o ponto de partida da obra, junto com o documentário The mask you live in, de Jennifer Siebel Newsom.
Atuação, Texto e Cenário: Rafael Orsi de Melo e Rodolfo Lemos | Direção, Figurino, Iluminação e Texto: Renato Turnes | Assessoria de Comunicação: Mariana Feitosa | Registro Fotográfico e Filmagem: Âmbar Audiovisual | Produção: Grupo Risco de Teatro.
REVOLUÇÃO NA AMÉRICA DO SUL (Rio de Janeiro)
5 de outubro, quinta-feira, 19h
85 minutos | 12 anos
O texto mais importante de Augusto Boal apresenta o operário José da Silva, um representante do povo, à procura de uma solução para a fome que o devora. Em seu itinerário, o protagonista mergulha em uma viagem à um Brasil contraditório permeado por caricaturas políticas e sociais, num enredo que mescla sátira e a tragédia enquanto propõe uma fotografia da atualidade brasileira.
Texto: Augusto Boal | Direção Geral: Wellington Fagner | Dramaturgismo: Wellington Junior e elenco | Elenco: Cássio Duque, Junior Melo, Letícia Ambrósio, Levi Duarte, Maria Azevedo e Ritiele Reis | Direção Musical: Vinícius Mousinho | Letras das Canções: Francisco de Assis | Cenografia: Sofia Magalhães | Assistentes de Cenografia: Bruna Lima, Cassi Salles, Clara Vasconcellos, Julia Couri, Malu Guimarães e Mariana Marton | Cenotécnicos: Alexandre Guimarães e Derô Martin | Figurinos: Lara Bezerra | Assistente de Figurinos: Mariana Faria | Costureiras: Kátia Barbosa e Regina Oliva | Visagismo: Fellipe Estevão | Iluminação: Ricardo Rocha | Assistente de Iluminação e Operação de Luz: Victor Mello | Design Gráfico: Samuel Santiago | Direção de Produção: Wellington de Oliveira | Produção Executiva: Pedro Cardoso.
A CASATÓRIA DA DEFUNTA (Rio Grande do Norte)
5 de outubro, quinta-feira, 21h
53 minutos | Livre
A peça conta de modo lúdico e divertido as peripécias de quem já partiu desta vida para uma melhor e dos que ainda respiram por esses ares. Cinco atores contam a história do medroso Afrânio, que está prestes a casar-se com a romântica Maria Flor, mas acidentalmente casa-se com a fantasmagórica Moça de Branco, que o conduz para o submundo. Lá, o jovem fará valorosos amigos e aprenderá uma grande lição, porém está disposto a não desistir do seu amor verdadeiro, mesmo que isto lhe custe a própria vida.
Direção Virtual: Cia Pão Doce de Teatro | Elenco: Mônica Danuta, Paulo Lima, Raull Araújo, Ligia Kiss e Romero Oliveira | Dramaturgia: Romero Oliveira | Concepção e Direção Musical: Romero Oliveira | Contrarregragem e Sonoplasta: Medson Rigne | Cenografia e Figurino: Marcos Leonardo | Máscaras e Maquiagem: Cia. Pão Doce de Teatro | Fotografia do Espetáculo: Thaygo Dantas | Produção: Lígia Kiss e Paulo Lima.
AS SETE VIDAS DE ALVA (Rio de Janeiro)
6 de outubro, sexta-feira, 19h
44 minutos | 12 anos
Alva, uma senhora divertidíssima, conta histórias fantásticas, quase inacreditáveis, e emocionantes de sua vida, enquanto espera convidados para um chá no dia do seu aniversário: foi aeromoça, viajou o mundo e foi a única sobrevivente de um acidente aéreo na Tchecoslováquia; casou com um anão e a lua de mel foi em Praga; teve um romance com o príncipe Charles, foi recebida pela família Real na Inglaterra e curou um esporão da rainha Elizabeth com uma simpatia; no Pantanal, foi engolida por um jacaré, e acabou refém de fanáticos religiosos; em Aparecida do Norte nevou quando ela pagava uma promessa e até uísque tomou com Janis Joplin em Woodstock. Uma peça bem humorada sobre memória, solidão, e outras questões da terceira idade.
Realização: Rotunda e Bambolina Produções Artísticas | Texto: Sidnei Oliveira | Direção: Ramon Botelho e Sidnei Oliveira | Atuação: Anja Bittencourt | Coordenação Geral: Ramon Botelho | Produção: Luiz Fernando Orofino | Assessoria de Produção: Gabriela Calainho | Cenografia: Gigi Barreto | Figurinista: JuliVidela | Iluminação: Letícia Guimarães e Livs Ataíde | Trilha Sonora: Lúcio Zandonadi | Programação Visual: Rafael Pascoal | Fotografia de Divulgação: Dalton Valério | Visagismo: Andreia Jovito | Controller Financeiro: Dudu Colombiano.
AMORES FLÁCIDOS (Rio de Janeiro)
6 de outubro, sexta-feira, 21h
62 minutos | 14 anos
Eunice, que sempre sofreu preconceito e estigma por conta do seu corpo, se apaixona por Aroldo, um cara magro, bonito e esbelto, que evita glúten e nunca come dois tipos de carboidratos de uma só vez. Aroldo também se apaixona por Eunice, mas não consegue assumi-la socialmente. Sente-se envergonhado de estar num relacionamento estável com uma mulher fora dos padrões estéticos da sociedade e dos quais ele idealizava. Mesmo assim, flertam, namoram, passam a morar juntos. No entanto, um certo acontecimento transformará para sempre a vida dos dois.
Texto: Herton Gustavo Gratto | Direção: Marcela Rodrigues | Idealização: Bruno Dubeux | Elenco: Aliny Ulbricht e Bruno Dubeux | Assistente de Direção: Raffaele Casuccio | Cenário: Marcela Rodrigues | Figurinos: Tiago Ribeiro | Direção de Movimento: Raffaele Casuccio | Direção de Fotografia: Luiz Paulo Nenen e Tiago Scorza | Desenho de Luz: Luiz Paulo Nenen | Operador de Câmera: Tiago Scorza | Cenas Prólogo e Tribunal: Suelen Menezes | Trilha Sonora Original: Federico Puppi | Edição e Montagem: Marcela Rodrigues – Cinemar Filmes | Tratamento de cor: Tiago Scorza | Captação e Edição de Som: Lucas Campello | Design Gráfico: Raquel Alvarenga | Direção de Palco/Platô: Daniel Benevides | Cenotécnica: Tessitura Produções Artísticas | Montagem de Luz: Daniel Benevides, João Gaspary e Rodrigo Emanuel | Fotografia de Estúdio: DuHarte Fotografia | Fotografia de cena (still): Tiago Scorza | Direção de Produção: Joana D’Aguiar | Coordenação Administrativa Financeira: Rodrigo Ishikawa | Realização: OrigamiDo e Sopro Escritório de Cultura | Apoio de Cessão de Espaço: Sesc RJ | Apoio: Universidade Candido Mendes, Samoc Saúde, Duharte Fotografia e Elétrica Cênica | Parceria: Cinemar | Patrocínio: Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro,
Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.
A BORBOLETA SEM ASAS (São Paulo)
7 de outubro, sábado, 16h
65 minutos | Livre
O espetáculo é ambientado em um grande jardim, onde vários animais e insetos buscam viver em harmonia. Assim, à medida que segue em direção ao lago, Babi, a borboleta sem asas, conhece o caramujo Magnólio, a abelha Abel e o vagalume Lamparino, entre outros, cada um com sua particularidade. E vai descobrir, nessa caminhada, que as deficiências são eficiências singulares, um modo particular de ser e estar na vida.
De César Cavelagna | Dramaturgia: Marcos Ferraz | Supervisão Geral: Marcos Okura | Direção Artística: Paula Flaibann e Bebel Ribeiro | Músicas: Marcos Okura, Ricardo Brunelli e Vinícius Loyola | Direção Musical: Vinícius Loyola | Cenário e Figurinos: Juliana Sanches e Felipe Cruz | Elenco: Bruno Vaz (Zangão), Daniel Selles (Lamparino), Fabio Fernandes (Magnólio), Gabi Oliveira (Abel), Giovanna Federzoni (Hortência), Luisa Grillo (Amélia) e Marina Pavan (Babi) | Realização: Grupo Trapiche.
O AÇOUGUEIRO ONLINE: DA SEQUIDÃO DA CAATINGA AOS MARES DA WEB (Pernambuco)
7 de outubro, sábado, 19h
31 minutos | 14 anos
O espetáculo audiovisual apresenta o premiado monólogo pernambucano de uma forma diferente, mesclando ferramentas do teatro, da web e do cinema e foi filmado e produzido na cidade de Salgueiro, no sertão de Pernambuco (511 km da capital Recife), sendo que a maior parte da equipe era composta por profissionais locais. Em cena, a história de amor entre Antônio, homem simples que venceu a miséria da infância, e sua esposa Nicinha, jovem ex-prostituta de um vilarejo do sertão nordestino. O amor, no entanto, se transforma em tragédia quando a intolerância e o preconceito dos outros moradores mostram o lado cruel dos sentimentos humanos. Na adaptação para o e-Teatro, o ator e produtor Alexandre Guimarães, além de protagonista, assina direção/roteiro audiovisual da obra. Guimarães acredita que esta proposta permite expandir o alcance do seu espetáculo. “Esse projeto é a realização de mais um desejo para ampliar as possibilidades artísticas do trabalho. Derrubar as fronteiras geográficas e levar o espetáculo pelas ondas da web é uma forma de democratizar o acesso à arte”, afirma ele.
Intérprete: Alexandre Guimarães | Texto/Encenação: Samuel Santos | Gravação/Edição: Kayo Vinícius | Direção Audiovisual: Alexandre Guimarães | Direção de Fotografia: Lucas Emanuel | Preparação Vocal: Nazaré Sodré | Preparação Corporal/Figurino: Agrinez Melo e Ericka Oliver | Plano de Maquiagem: Vinicius Vieira | Costura: Wilma Uchôa | Adereços em Origami: Mariana Mazza | Fotos: Lucas Emanuel (CCQ) | Identidade visual: CCQ | Produção: Alexandre Guimarães Produções.
AMADEO (São Paulo)
7 de outubro, sábado, 21h
90 minutos | 16 anos
Aos 19 anos, Amadeo adora videogames e carros velozes. Sonha ser piloto de Fórmula 1. É virgem, mas a namorada está disposta a resolver a questão, sob certas condições. Tem uma mãe ansiosa; seu melhor amigo quer convencê-lo a entrar para o Corpo de Bombeiros. Enfim, toda a vida pela frente. Mas, certa noite na estrada, um caminhão destrói o carro que ele dirige e altera radicalmente o futuro do rapaz. Amadeo sobrevive em meio às ferragens retorcidas, mas quando volta do coma está preso a um corpo que já não age nem reage. Imóvel. Elaborada como uma “peça-sonho, à maneira de Strindberg”, com cenas curtas e cortes rápidos, como define o diretor Nelson Baskerville, a montagem combina imagens oníricas e diálogos imaginários com a dura realidade, desenvolvendo-se em dois planos.
Amadeo, de Côme de Bellescize, estreou em 2012 no Théâtre de la Tempête, em Paris. Baseia-se num caso real, o do jovem Vincent Humbert, que ficou tetraplégico, além de cego e mudo depois de um acidente automobilístico. Movendo apenas o polegar direito, conseguiu escrever um livro com o jornalista Frédéric Veille – Eu peço o direito de morrer. A repercussão foi tão grande que se proibiu na França o excesso terapêutico, permitindo ao paciente o uso de cuidados paliativos e até o direito de parar alguns tratamentos.
Texto: Côme de Bellescize | Direção: Nelson Baskerville | Assistente de Direção: Anna Zêpa | Tradução: Janaína Suaudeau com colaboração de Clara Carvalho | Elenco: Thalles Cabral, César Mello, Chris Couto, Claudia Missura, Janaína Suaudeau e Thomas Huszar | Música Original: Marcelo Pellegrini | Cenografia: Marisa Bentivegna | Iluminação: Wagner Freire | Figurinos: Marichilene Artisevskis | Visagismo: Marcos Padilha | Direção de Imagem e Videomapping: André Grynwask e Pri Argoud | Operações de Luz: Roseli Marttinely | Contrarregragem: Alessander Rodrigues ou Paulo Santos | Produção Executiva: Patrícia Galvão e Maurício Belfante | Designer Gráfico: Cassia Buitoni | Fotografia: Ronaldo Gutierrez | Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli | Idealização: Janaína Suaudeau | Realização: Ponto de Produção – Patrícia Galvão.
TEMPOS DE ERRÂNCIA (Minas Gerais)
8 de outubro, domingo, 19h
41 minutos | 12 anos
Construído a partir de três fotogramas distintos extraídos da paisagem latino-americana, recente e contemporânea, buscando os rastros de devastação da violência armada, o espetáculo, embora trate de um tema ácido e sombrio, busca tratá-lo de forma poética, extraindo a humanidade persistente do ser humano que tudo suporta sem ter amparo do Estado. A primeira situação se ergue em torno de uma paisagem de um vilarejo abandonado. Todos foram embora. O único morador persistente recebe o espectador como se ele fosse um visitante, mostra a ele o que sobrou de seu povoado e relembra o período em que os corpos desciam pelo rio e se amontoavam na margem. Ele era aquele que ajudava os familiares a encontrar os despojos de seus entes queridos e a juntá-los. Hoje o rio virou lodo e ele bebe a água que cai das calhas em dia de chuva.
Dramaturgia: Rosyane Trotta | Atuação: Narciso Telles e Guilherme Conrado | Direção: Dirce Helena De Carvalho | Direção para a Tela, Cinematografia e Montagem: Ítalo Pitemalgo | Direção de Teatro de Animação: Mário Piragibe | Design e Operação de Luz: Camila Tiago | Figurinos: Létz Pinheiro e Núcleo 2 | Performance-texto/vozes em Off: Dirce Helena De Carvalho e Brenda Oliveira | Produção Executiva, Identidade Visual (divulgação) e Apoio Técnico: Karina Silva | Fotografias: Polly Rosa | Incentivo: PMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) e Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia | Patrocínio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG | Apoio Institucional: IARTE, LIE, LICA, LASON, LAACênicas, GEAC-UFU | Realização: Núcleo 2 – Coletivo de Teatro.
PONTOS DE VISTA DE UM PALHAÇO (São Paulo)
8 de outubro, domingo, 21h
49 minutos | 12 anos
Um palhaço busca ajuda numa sessão de terapia. Esse é o pano de fundo para a adaptação teatral do romance homônimo Pontos de Vista de Um Palhaço, do alemão ganhador do Prêmio Nobel Heinrich Boll. Nesse solo interpretado por Daniel Warren (indicado ao Prêmio Shell – 2017 por esse trabalho) e dirigido por Maristela Chelala, a alteridade existente entre o artista e seu personagem, no caso um palhaço, é explorada com o objetivo de criar reflexão sobre as máscaras sociais. Utilizando a linguagem da palhaçaria, onde o humor e a risada são o parâmetro, o espetáculo busca em sua estrutura estabelecer relação descontraída com o público. Ao mesmo tempo, ao longo da performance, se desnudam outros aspectos, ora dramáticos, ora absurdos, na intenção de construir um retrato profundo da natureza humana.
Concepção Artística: Maristela Chelala e Daniel Warren | Texto Original: Ansichten Eines Clown, de Heinrich Boll | Dramaturgia e Direção: Maristela Chelala | Elenco: Daniel Warren | Preparação e Técnicas de Palhaço: Esio Magalhães | Iluminação e Cenografia: Marisa Bentivegna | Figurino: Carol Badra | Trilha Sonora: Frederico Godoy | Operador Som/Luz: Rodrigo Damas | Cenotécnico: Cesar Resende Santana | Assistente de Cenografia: Amanda Vieira | Fotos: Willian Aguiar | Assessoria de Imprensa: Juliana Araújo e Ivan Marsiglia | Programação Visual: Phillipe Marks | Produção: Fenetre Produções Artísticas.
Serviço:
PRÊMIO WEDO! DE E-TEATRO
De 3 a 10 de outubro no Teatro WeDo!
eteatrowedo.com
Ingressos espetáculos e cerimônia de premiação – R$ 10,00 (preço único) na bilheteria da própria plataforma
Informações – wedoentretenimento.com
Instagram e Facebook – @wedoentretenimento
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige Blog do Arcanjo e Prêmio Arcanjo. Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Cultura pela USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Ed. Abril, Huffpost, Band, Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra os júris: Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio do Humor, Prêmio Governador do Estado, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio Canal Brasil. Venceu Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio ANCEC, Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade do Prêmio Governador do Estado.
Foto: Rafa Marques
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