Colóquio ‘Arte Inclusiva? Quem Inclui Quem?’ discute arte mais democrática

Cena do filme Divinas Divas, que será exibido no Colóquio Arte Inclusival – Quem Inclui Quem? – Foto: Divulgação – @miguel.arcanjo UOL

Refletir sobre a representatividade nas artes é missão do Colóquio Arte Inclusiva – Quem Inclui Quem?, que será realizado com painéis e discussões e exibição de filmes entre 12 e 16 de novembro de 2019. Esta é a segunda etapa do evento que começou na cidade do Porto, Portugal, em outubro.

Segundo os organizadores, “trata-se de um encontro não só entre criadores e investigadores artísticos, mas também outros intervenientes ativos dentro do campo da educação, da arte e da cultura, reunidos em volta de questões habitualmente pouco abordadas, mas que constituem uma vertente importante para as criações na contemporaneidade, entre as quais: como é que a arte é ou pode ser inclusiva? Quais formas de inclusão podemos assumir? Quem a concretiza? Quem são os agentes sociais presentes nos projetos? Qual o seu real impacto artístico e social?”

O evento é feito em parceria com o Centro de Estudos Arnaldo Araújo da ESAP e a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Confira a programação completa:

SP Escola de Teatro (praça Roosevelt, 210)

12/11 Terça – 9h15

Abertura dos painéis – Lucia Camargo (coordenadora dos cursos de Extensão da SP Escola de Teatro)

12/11 Terça – 9h20 – 11h

Painel – Perspectivas sobre “Arte inclusiva? Quem inclui quem?” Na cidade do Porto/PT e em SP/BR.

Provocações – Beth Lopes (USP)

Ementa

Esse painel pretende apresentar as propostas e os desafios que as instituições presentes na mesa têm desenvolvido e enfrentado no âmbito da inclusão e da arte.

Participantes

Joaquim Gama – pós-doutor em Pedagogia do Teatro com pesquisas voltas à descolonização dos currículos de teatro, apresentada ao departamento da Escola de Comunicações e Artes da Universidade São Paulo- ECA/USP. Autor do livro “Jogos Alegóricos – a encenação como prática pedagógica”, publicado pela editora Perspectiva, São Paulo. Coordenador pedagógico da SP Escola de Teatro — Centro de Formação das Artes do Palco.

Lucília Guerra – arte-educadora, especialista em Fundamentos da Cultura e das Artes pela UNESP. Docente do Centro Paula Souza para o Ensino Médio, Técnico e Educação de Jovens e Adultos. É diretora do Centro de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão do Centro Paula Souza. Tem desenvolvido projetos de formação e capacitação docente, tem um papel fundamental nas proposições pedagógicas do Centro Paula Souza.

Luísa Pinto – doutora em Estudos Artísticos, Artes/Estudos Teatrais Performativos pela Universidade de Coimbra. Encenadora pedagoga da Escola Superior Artística do Porto. Investigadora no Centro de Estudos Arnaldo Araújo/ESAP, diretora artística da Cia. de Teatro Narrativensaio-AC. Tem produções artísticas envolvendo reclusos para além dos muros da prisão, entre essas produções destaca-se o filme concerto “O Filho Pródigo” em parceria com Carlos Coelho, com estreia prevista para o dia 16/11/19 no Brasil, Cine Arte Bijou.

12/11 Terça – 11h30 – 13h30

Painel – Todos podem atuar no palco!

Provocações – Durval Mantovanini (Centro Paula Souza – CPS)

Ementa

A proposta desse painel está colada à frase da artista pedagoga Viola Spolin. Ao afirmar que todas e todos podem atuar no palco, Spolin retira do fazer teatral a ideia de talento e dá destaque às questões de acesso e ao direito ao Teatro.

Participantes

Eugênio Lima – membro fundador do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, da Frente 3 de Fevereiro e integrante da banda CORA-Orquestra de Grooves Afrobrasileira. Dj, Ator-Mc, Pesquisador da cultura afro-diásporica, professor de Sonoplastia da Escola SP de Teatro, apresentador do programa Vitrola Livre da Radio UOL.

Ingrid Dormien Koudela – livre docente em Pedagogia do Teatro pela USP, é professora associada aposentada. Com Bolsa de Produtividade de Pesquisa em nivel A1, docente do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas. Tradutora de literatura alemã, com indicações ao Prêmio Jabuti com a obra “Georg Büchner, na pena e na cena” e “Lessing: obras, critica e criação”. É responsável pela tradução dos livros da Viola Spolin e a recepção da sua obra no Brasil.

Sanna Rynänen – professora doutora na Finlândia, cientista social que trabalha como professora de Pedagogia Social na University of Eastern Finland (Kuopio, Finlândia) e ensina ciências sociais na Academia do Teatro da Universidade de Artes, Helsinki (Finlândia). Sua pesquisa enfoca estudos sobre desigualdades sociais, processos de marginalização e abordagens pedagógicas para aliviá-los.

12/11 Terça – 15h às 16h30

Painel – Ocupação e Acessibilidade

Provocações – Mawusi Tulani (Atriz)

Ementa

O painel destinado a discutir ocupação e acessibilidade discutirá questões artísticas e pedagógicas em locais em que o teatro alterou as relações das/os cidadãs/ãos com a cidade e com o teatro.

Participantes

Marcos Filipe – ator, jornalista e arte educador. Responsável pela produção geral da Cia Mungunzá e pela curadoria do Teatro de Contêiner Mungunzá. Pesquisa a função do Encenador no teatro contemporâneo com foco no espaço cênico, cenografia e performance.

Paulo Faria – Presidente do Instituto Luz do Faroeste – desenvolve projetos socioculturais e dirige a Cia Pessoal do Faroeste, espaço de arte e articulação no território. Tem desenvolvido projetos que buscam enfatizar a importância da região onde está sede da Cia. e os grandes desafios na relação com a realidade do uso de drogas. Artista fundador do Pessoal do Faroeste. Prêmio Shell na categoria Inovação pelo trabalho de ocupação e intervenção social e artística que contribui para transformação urbana da região da Luz.

Rodolfo García Vázquez – mestre em Teatro pela ECA-USP, é diretor, dramaturgo e um dos fundadores da Cia. de Teatro Os Satyros. Exerceu a função de diretor artístico da instituição alemã Interkunst; já produziu, dirigiu e roteirizou os filmes “Hipóteses para o Amor e a Verdade” e “A Filosofia na Alcova”. À frente de Os Satyros, teve atuação fundamental na revitalização da Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. É um dos idealizadores da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, onde responde pela coordenação do curso de Direção.

12/11 – Terça – 17h às 18h30

Painel – Politicas de Acesso à Cultura

Provocações – Rosane Borges (USP)

Ementa

Esse painel se debruçará sobre as políticas de acesso à Cultura diante do momento histórico e político que vivemos. Trata-se também de inventariar quais são as responsabilidades assumidas pelas instituições para que haja de fato acesso à Cultura.

Participantes

Alê Youssef – graduado em direito, mestre em Filosofia Política. É autor de “Novo Poder – Democracia e Tecnologia ” e “Baixo Augusta – A cidade é nossa”. Apresentou os programas “Navegador e Mundo Criativo da Globonews”, foi comentarista do “Esquenta” da TV Globo.

Criou e dirigiu o “Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta”, o “Studio SP”, o “Studio RJ”, o “Rivalzinho” e o site multicultural “Overmundo”, pelo qual ganhou o prêmio internacional de arte digital “Golden Nica”. Foi coordenador de juventude da Prefeitura de São Paulo entre e assessor especial do Ministro da Justiça. Atualmente, é Secretário de Cultura da Cidade de São Paulo.

Cid Torquato – advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. É conselheiro do CONADE – Conselho Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e coordenador do MAIS+ Movimento Acessibilidade Digital e Internet Segura, da Camara-e.net. Foi Secretário Adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, até ser convidado para assumir a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Rosana Paulo da Cunha ( SESC) – Mestre em Gestão e Políticas Públicas na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com pós-graduação em Administração da Cultura e Administração de Projetos, na FIA/USP. Atua no SESC – Serviço Social do Comércio em São Paulo como gerente de Ação Cultural, responsável pelo gerenciamento das ações artísticas desenvolvidas no Estado, nas áreas de música, dança, teatro, literatura, cinema, literatura e bibliotecas, com ênfase na difusão, circulação e pesquisa. Coordena, ainda, a realização anual de Mostras e Festivais, como o CIRCUS – Festival internacional de Circo, Circuito SESC de Artes, Bienal SESC de Dança, MIRADA – Festival Ibero-americano de Teatro, entre outros.

13/11 – Quarta – 9h às 11h

Painel – Teatro na Prisão

Provocações – Adriana Vaz (pesquisadora na área da Pedagogia do Teatro)

Ementa

Esse painel busca mapear as experiências das/os convidadas/os com o sistema carcerário, apresentando suas perspectivas de (re) inserção social por meio da arte.

Participantes

Alex Giostri – pós-graduação em “Roteiro para Cinema e Dramaturgia”. Fundador dos selos editoriais Giostri e Giostrinho (Giostri Editora Ltda 2005). Foi consultor editorial da obra “Didática no cárcere”, através do curso de aperfeiçoamento de “Docência em regime de privação de liberdade”, oferecido pela Faculdade de Educação da USP.

Carolina Nóbrega – Sua principal área de atuação é a dança contemporânea, mas seus trabalhos trafegam pelas artes visuais (fotografia, vídeo, performance, instalação), teatro e literatura. É cofundadora e integrante do coletivo transdisciplinar de pesquisa site-specific Grupo do Trecho e do Coletivo Cartográfico de dança contemporânea. Atualmente está cursando o Mestrado em Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na linha de Performance e Performatividade da Dança.

Luisa Pinto – doutora em Estudos Artísticos, Artes/Estudos Teatrais Performativos pela Universidade de Coimbra. Encenadora pedagoga da Escola Superior Artística do Porto. Investigadora no Centro de Estudos Arnaldo Araújo/ESAP, diretora artística da Cia. de Teatro Narrativensaio-AC. Tem produções artísticas envolvendo reclusos para além dos muros da prisão, entre essas produções destaca-se o filme concerto “O Filho Pródigo” em parceria com Carlos Coelho, com estreia prevista para o dia 16/11/19 no Brasil, Cine Arte Bijou.

Sérgio Kauffman – ator, músico, palhaço, professor e diretor. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas na UNIRIO. Formado pela CAL- Casa de Artes de Laranjeiras e em Licenciatura em Artes Cênicas pela UNIRIO. É colaborador no Projeto de Extensão Cultura na Prisão. É integrante da Cia. Teatral dos Bondrés. Participa do Projeto Ciência em Cena, realizado pela FIOCRUZ, com o espetáculo O Problemão da Banda Infinita. Atualmente está em cartaz no CCBB com o espetáculo Vamos Comprar um Poeta

13/11 – Quarta – 11h30 – 13h30

Painel – Acessibilidade dos artistas à Arte

Provocações – Fernanda Amaral (coréografa)

Ementa

A proposta é discutir questões relacionadas as pessoas com deficiência, suas aproximações e distanciamentos com a arte. Nesse sentido, torna-se necessário pensar o que significa incluir o artista com deficiência no fazer artístico.

Participantes

Mauricio Paroni – graduado em Direito USP, em Filosofia USP e pela ECA/USP, transferiu-se para a Itália, onde estudou na Cívica Scuola d’Arte Drammatica di Milano “Piccolo Teatro”, por três anos. Ensinou interpretação na mesma Escola de 1995 a 2001. Foi professor residente da Royal Scottish Academy of Music and Drama de Glasgow, Reino Unido, e da Volda Hogschule, Noruega. Atualmente é Articulista Teatral da SP Escola de Teatro.

Rafael Barbosa – bailarino da Cia Circodança Suzie Bianchi. Instrutor de dança sobre rodas da rede Sesc (Pinheiros, Bom Retiro, Belenzinho, Consolação e Campinas). Integrante do Espetáculo “Olhares dos Sapatos” da Cia Dança sem Fronteiras. É integrante do espetáculo “Traços e Traçados” da Cia Dança sem Fronteiras de Julho/2018 até agora e também faz parte das Oficinas/Workshop da Cia Dança sem Fronteiras.

13/11 – Quarta – 15h – 16h30

Painel – Arte e Gênero

Provocações – Miguel Arcanjo (Jornalista)

Ementa

O objetivo desse painel é discutir o lugar de fala e de produção artística das e dos artistas transgêneras/os. Nesse sentido, as discussões sobre o tema buscarão (re)dimensionar também a importância que essas/es artistas têm na Cultura.

Participantes

Dani Veiga – ator, diretor e dramaturgo formado pela SP Escola de Teatro onde, atualmente, é artista docente no curso de Dramaturgia e também orientador do projeto SP Dramaturgias. Também está no Núcleo de Dramaturgia do Sesi e participou do Núcleo de Dramaturgia da ELT em Santo André.

Divina Valéria – a artista se destacou com sua arte no lendário “Le Corrousel de Paris” consagrando internacionalmente. Participou do documentário dirigido por Leandra Leal, intitulado “Divinas Divas” mostrando a vida de vários travestis brasileiras que operam a partir dos anos 60. Atuou no filme “Marie” filmado no sertão da Paraíba, dirigido por Leo Tabosa, esta obra ganhou quatro Kikitos no Festival de Cinema de Gramado. Divina Valeria Ganhou Prêmio Especial o Kikito do Júri no Festival de Cinema de Gramado. “Marie” também ganhou dois prêmios no Festival de Curtas de São Paulo.

Márcia Araújo Dailyn – atriz e bailarina com formação no Theatro Municipal de São Paulo e no Teatro-Escola Macunaíma. Estudou os métodos Cuballet, Royal Academy of Dance de Londres e Bolshoi Ballet russo. É atriz da Cia. de Teatro Os Satyros, atuando nas peças “Pink Star”, “O Incrível Mundo dos Baldios”, “Transex” e “Mississipi”. Protagonizou em 2019 o espetáculo Entrevista com Phedra, de Miguel Arcanjo Prado, sobre a diva Phedra D. Córdoba com direção de Robson Catalunha e Juan Manuel Tellategui.

13/11 – Quarta – 17h – 18h30

Painel – As experiências sobre produção artística dentro do espectro da arte Inclusiva em Portugal e o projeto Ponto Firme no Brasil

Provocações – Elen Londero (Pesquisadora da área de teatro – SP Escola de Teatro).

Ementa

Esse painel discutirá as proposições da convidada e do convidado, no desenvolvimento dos seus projetos e como esses projetos têm trabalhado com a ideia de inclusão.

Participantes

Gustavo Silvestre – estilista, estudou moda no Senac do Recife. Têm participações de destaque na São Paulo Fashion Week. Fez viagens para China, pesquisando matéria prima para suas criações em crochê. Realiza seus trabalhos sob encomenda no ateliê compartilhado da Casa do Povo, no Bom Retiro, sem classificá-los por coleção. Dentre suas clientes temos as cantoras Karina Buhr e Pitty.Atua. Tem um projeto de grande importância em penitenciárias, levando o trabalho artesanal de crochê.

Luisa Pinto – doutora em Estudos Artísticos, Artes/Estudos Teatrais Performativos pela Universidade de Coimbra. Encenadora pedagoga da Escola Superior Artística do Porto. Investigadora no Centro de Estudos Arnaldo Araújo/ESAP, diretora artística da Cia. de Teatro Narrativensaio-AC. Tem produções artísticas envolvendo reclusos para além dos muros da prisão, entre essas produções destaca-se o filme concerto “O Filho Pródigo” em parceria com Carlos Coelho, com estreia prevista para o dia 16/11/19 no Brasil, Cine Arte Bijou.

Cine Arte Bijou (praça Roosevelt, 172)

13/11 Quarta – 19h
Filme Documentário “Divinas Divas” de Leandra Leal – Cine Arte Bijou

16/11  Sábado –  18h30
Filme Concerto “O Filho pródigo”, de Luísa Pinto e Carlos Coelho, com participação do Ivam Cabral – Cine Arte Bijou

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