Artistas lamentam fim do Estação Satyros e lembram histórias no espaço da Roosevelt

O Estação Satyros fechou suas portas na praça Roosevelt, 134, por conta da crise gerada pela pandemia do coronavírus, como anunciaram nesta segunda (27) os fundadores da Cia. de Teatro Os Satyros, Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. A notícia gerou grande comoção na classe teatral brasileira e, sobretudo, nos artistas que passaram pelo icônico palco do teatro underground. A convite do Blog do Arcanjo, atores e atrizes lembram momentos marcantes vividos por lá.

Memórias eternizam Estação Satytoros: acima: Felipe Moretti, Márcia Dailyn, Nicole Puzzi e Irlane Galvão; meio: Gustavo Ferreira, Ivam Cabral e Luh Maza; abaixo: Diego Ribeiro, Julia Bobrow, Sabrina Denobile, Marcelo Thomaz e Fabio Penna – Fotos: Arquivo – Blog do @miguel.arcanjo

“Foi no Estação Satyros que eu assisti espetáculos grandiosos, como 120 dias de Sodoma, Cabaré Fucô, etc. Bem como pude ver muitas peças de atores das oficinas de teatro. Era encantador acompanhar oficineiros criando o texto, os figurinos, a luz. Fascinava a agitação nesse espaço sagrado. Foi no Estação Satyros que pisei, com orgulho, para ensaiar as duas peças das quais participei no Satyros: Transex e Mississipi, nas quais fui presenteada com os dois melhores personagens de minha vida. Foi ali que filmei algumas cenas do Curta Metragem As Mulheres Podem, Os Homens Somem. Curta realizado com os alunos da oficina da SP escola de Teatro, sobre o cinema da Boca, coordenado por mim e pelo historiador Diogo Gomes dos Santos. Foi no Estação Satyros que me reuni com grandes atores e diretores satyrianos, sob o olhar carinhoso de Ivam Cabral e visão arguta de Rodolfo García Vásquez, os dois idealizadores dos Satyros. Eles são como pais, ou amigos mais íntimos que alguém pode ter. A família Satyros, no melhor e mais amoroso sentido, está chorando o fechamento de um espaço tão cheio de vida e de arte.”
Nicole Puzzi, atriz

“Foi no Estação Satyros que eu descobri que posso cantar sem ser cantora, dançar sem ser bailarina e até me transformar numa mulher barbada. Basta ter imaginação e estar ao lado de artistas maravilhosos que sonham junto com você.”
Julia Bobrow, atriz

“Foi no Estação Satyros que me apresentei pela primeira vez pra companhia Os Satyros, em 2017. O espetáculo Pink Star era a 100° peça da companhia, escrito Rodolfo García Vázquez e Ivam Cabral, com grande elenco. Espetáculo feito em sessões lotadas, com muito carinho, sem verba nenhuma, fizemos pelo amor e dedicação à companhia, com base na teoria queer de Judith Butler tenho lindas lembranças do Estação. Sempre lotado, um espaço feito pra arte na Praça Rossevelt. E foi lá que conheci meu amigo jornalista Miguel Arcanjo Prado.”
Márcia Dailyn, atriz

“Foi no Estação Satyros que eu vivi os últimos 15 anos da minha vida, intercalando com o Espaço dos Satyros Um. Foi no Estação que eu desenvolvi projetos incríveis, que respirei teatro como ator, professor e assistente de direção. Foi no Estação que atuei em meu primeiro longa-metragem. Foi no Estação que vi Phedra brincar. Foi no Estação que vi Ivam brindar o amor junto com um elenco incrível em “Cabaret Fucô” (comigo em cena!). Foi no Estação que vi Pink Star brilhar e a Tetralogia Libertina me inspirar. Foi no Estação onde eu suei e me emocionei em cada Satyrianas, onde tinham os Shows de Boate, as Festas e muitas peças e performances. Foi no Estação que cantei, dancei, atuei, me superei e amei, amei muito. Amei os processos, as pessoas e os aprendizados. Obrigado Estação!”
Gustavo Ferreira, ator

“Foi no Estação Satyros que eu descobri o amor ao fazer teatral, as conversas de camarim, as emoções de um palco, foi onde acreditei em mim. Aprendi, no nosso subsolo underground, a potência do coletivo e que a voz de cada um importa e merece ser escutada. Lá eu vi atores se refazendo, cenários sendo construídos e histórias essenciais sendo contadas. Obrigado, Estação Satyros, por fazer todos os sonhos do mundo caberem num palco. Na lembrança, a força do teu espírito.”
Diego Ribeiro, ator

“Foi no Estação Satyros que eu amei ser jurada dos Shows de Boate das Satyrianas, Que assisti as peças Juliette, Pink Star e Baderna Planet e amei. Que vivi as festas maravilhosas. Tenho muito a agradecer ao Rodolfo e Ivam por tudo! Amo trabalhar no Satyros, e se Deus quiser tudo vai dar certo…E ele quer!”.
Irlane Galvão, colaboradora do Bar dos Satyros

“Foi no Estação Satyros que eu tive as melhores experiências artísticas jamais esperadas, foi lá que pude viver momentos com artistas incríveis, foi lá que meu coração palpitou mais forte antes de entrar em cena. Jamais te esquecerei, Estação Satyros.”
Felipe Estevão, ator

“Foi no Estação Satyros que eu fiz a peça que mudou a minha vida. Eu já tinha estado lá como plateia e estava fazendo minha primeira Oficina no Satyros. Nessa época me falaram que um ator tinha saído do elenco de “Os 120 Dias de Sodoma” e achavam que eu tinha o perfil do personagem para fazer a substituição. E faltava uma semana pra estreia! Eu nem sabia se eu era capaz de estar ali, todas aquelas cenas de nudez que o texto do Marquês de Sade pede eram muito difíceis pra mim. Eu tinha acabado de fazer 18 anos, estava cursando o Ensino Médio ainda, mas joguei tudo pro alto porque a minha vontade de fazer aquela peça era maior que tudo. “Os 120 Dias” foi provavelmente o maior desafio da minha vida. Acho que por isso foi o maior presente também. Foi pisando naquele palco que eu me encontrei enquanto artista. Por isso sempre digo (sem o menor medo de exagerar e de fazer drama) que o Satyros salvou a minha vida.”
Luiz Holiver, ator

“Foi no Estação Satyros que eu tive meu primeiro contato com essa companhia de grande nome no cenário teatral e que tenho o privilégio de fazer parte. Foi nesse espaço em que, como plateia, assisti Pink Star e me encantei pela linguagem da Cia. Os Satyros. Um tempo depois eu estava naquele mesmo lugar apresentando a conclusão da minha primeira Oficina com eles e, alguns meses depois, a minha primeira peça profissional. Naquele mesmo palco, naquele mesmo espaço. Quanta lembrança linda!”
Vitor Lins, ator

“Foi no Estação Satyros que eu comecei, não na Oficina, mas limpando, pois trabalhava na limpeza até que a oportunidade bateu em minha porta. Foi fazendo a Oficina que um presente aconteceu: fui chamada para participar do projeto de 30 anos da Cia.! Como não amar aquele lugar incrível e mágico. Os Satyros me mudou. Naquele teatro pequeno aprendi grandes coisas que irei levar para o resto de minha vida. Só tenho que agradecer a todos. E todas minhas lembranças serão guardadas com um enorme carinho e respeito. Sempre.”
Ingrid Soares, atriz

“Foi no Estação Satyros que eu iniciei minha trajetória no Satyros. Mudei de Belém pra estudar teatro. Não sabia onde estudar, até que fiquei sabendo de uma peça que seria no Estação. Fiquei totalmente encantado com o espaço e tive a certeza que queria estar lá mais vezes. Uma das vezes mais lindas, também, foi no Satyrianas de 2019, onde apresentei uma peça lá. Esse espaço vai deixar muita saudade, principalmente daquela energia que sentíamos ao entrar em cena.”
Sandro Martyns, ator

“Foi no Estação Satyros que eu fiz minha primeira peça profissional. Após me formar em teatro, fui fazer as oficinas do Satyros e acabei indicado pela Sabrina Denobile para o casting da segunda versão de “Os 120 dias de Sodoma”, texto de Sade, brilhantemente dirigido e encenado pelo Rodolfo Garcia Vázquez. Sempre vou lembrar com carinho da energia boa que sentia ao pisar naquele palco.”
Marcelo Vinci, ator

“Foi no Estação Satyros que eu participei da montagem de Baderna Planet, um espetáculo incrível que tenho muito orgulho em ter feito parte do elenco. Cresci muito como mulher, como pessoa e como cidadã. Tive um enorme aprendizado e muito conteúdo nessa montagem e vou levar isso pro resto da minha vida.”
Alessandra Nassi, atriz

“Foi no Estação Satyros que depois de um dia cansativo de trabalho, eu me sentava na plateia vazia e me alimentava refletindo sobre os acontecimentos passados. O Estação Satyros foi a minha segunda casa. Foi nessa casa que entendi muito sobre convivência, amor, cuidado, sobre a real importância da arte para mim e para os olhos das pessoas que nos visitavam entre uma sessão e outra. Lá eu me fiz parte, me fizeram parte, aquelas paredes me alicerçavam e eu estruturava aquelas paredes. Obrigado, Estação!. ”
Heyde Sayama, ator

“Foi no Estação Satyros – então conhecido como Satyros 2 – que decidi me mudar para São Paulo em 2006 assistindo Ivam Cabral em “De Profundis” e me apaixonar pelo Satyros e o movimento teatral da Praça Roosevelt. Em 2008, já morando aqui, dirigi “A História Dela” da Gabriela Mellão. No Satyros 2 fiz algumas das peças que mais gostei para as Satyrianas como “Agridoce” do amado Zen Salles e “Meu Filho” com a Tânia Bondezan. Em 2018, eu voltei ao espaço velho conhecido, mas ele era outro, com sua reforma e novo nome: Estação Satyros. Eu própria também era outra com minha reforma e novo nome. Mas tal qual o teatro com o mesmo espírito. E assim foi o reencontro com esse lugar tão emblemático onde eu voltei a atuar depois de 14 anos no “Cabaret Transperipatético” com direção do Rodolfo García Vázquéz, um marco na minha carreira, mas principalmente: na minha vida, tendo a transformado para sempre.”
Luh Maza, atriz, dramaturga e diretora

“Foi no Estação Satyros que eu me encontrei, me perdi, carreguei pallets, pintei paredes, fui o Papa, fui um Bobo, um devasso, uma Drag de voz gasta, narrei histórias sobre a degradação política e dividi o palco com gigantes. Fui eu. Fui outros. Fui. E, por isso, sou. Obrigado para sempre, Estação Satyros.”
Silvio Eduardo, ator

“Foi no Estação Satyros que eu fiquei em cartaz com ‘Pink Star’ e ‘Baderna Planet’. Conheci esse espaço quando ainda chamava ‘Satyros 2’ e foi ali que assisti minha primeira peça na praça Roosevelt, n’Os Satyros. Alguns anos depois e lá estava eu, em cartaz, naquele palco. Fui muito feliz durante as temporadas e o Estação é, com certeza, um espaço muito diferente de qualquer outro palco dessa cidade, jamais esquecerei”.
Elisa Barboza, atriz

“Os Satyros e especialmente o Espaço Satyros 2 como era chamado quando eu tive meu primeiro contato com a Cia e já fiz minha morada . Fiz meu primeiro espetáculo no Satyros que foi Os 120 dias de Sodoma . Lembro depois de ter feito um teste no espaço 1 dos Satyros , dias depois o Rodolfo me ligou me chamando para assistir ao espetáculo que para ver se eu queria fazer… e lembro muito bem um espaço cheio de gente uma fila grande na bilheteria , Rodolfo me chamou para entrar no palco desci uma escada muito grande e um cheiro de corpos muito forte , cheiro de gente pensei nossa que louco é aqui que quero estar. Lá vivi a melhor coisa que aconteceu na minha vida que foi ter conhecido a Sabrina Denobile , minha esposa, amiga , amante fizemos muitas loucuras no bom sentido e nos demos um presente maravilhoso que foi a Nina nossa filha e assim formando uma família . E a Sabrina … que linda !!!! Sempre foi e sempre será . Me lembro até hoje de vê-la descendo as escadas que hoje é uma janela de vidro , ela sentou na arquibancada e por lá ficou , linda!!!! E estávamos no meio de um ensaio do espetáculo Justine do marquês de Sade perguntei a um dos atores na época conhece? Quem é? E ele me disse que ela iria ajudar na produção do espetáculo, nisso o Rodolfo veio nos trazer texto para decorarmos e ele se ofereceu para me ajudar . Me apaixonei na hora! Foi nos Satyros que realmente virei um artista mesmo apesar de ter uma formação anterior e passado por outras Cias , foi ali que senti o que é realmente o palco e sua visceralidade! Transformou meu artista , e meu ser principalmente! É uma pena mesmo que um espaço com tanta história tenha que fechar! Eu e a Sa seremos eternamente gratos ao Ivam e o Rodolfo por tudo! E com certeza este não será o fim estaremos sempre nos reinventando e resistindo!”
Marcelo Thomaz, ator

“Foi no Estação Satyros que eu vivi minha estreia na companhia! Foram momentos mágicos e que guardo com muito amor no meu coração. Todos os ensaios e descobertas! Também foi lá que assisti peças nas quais me emocionei do começo ao fim, aquele lugar mágico que se transformava a cada espetáculo! Um lugar muito especial pra mim e que guardarei, com certeza, com muito carinho na minha memória!”
Julia Francez, atriz

“Foi no Estação Satyros que eu tive o prazer imenso de ser assistente de um projeto tão importante como o “Satyros Teens” que me trouxe o ressignificado do que seria o ensino e aprendizagem nas artes cênicas através do contato com o talento de jovens tão potentes que se tornaram gigantes dentro daquele espaço.”
Júlia Sanches, atriz e arte-educadora

“Foi no Estação Satyros que eu fiz minha primeira temporada numa companhia profissional. Eu, que comecei minha carreira no ABC, trabalhar com teatro em São Paulo era outro mundo. E realmente foi. Fazer minha primeira peça nua (eu era Sophie em “Os 120 dias de Sodoma”), trabalhar com atores e atrizes de diversas escolas, vivências, cidades, profissões foi intenso. Antes do Estação ser chamado de Estação Satyros eu estava ali no que era o Satyros Dois. Dormi muitas noites durante a temporada do Satyros’ Satyricon, pois não tinha como voltar pra São Bernardo, devido ao horário, e no dia seguinte tinha aula do núcleo com a Andressa Cabral. Já cheguei a fazer quatro peças seguidas, durante muito tempo, ali foi minha segunda casa. É um espaço não convencional de teatro que por conta disso te provoca a não fazer o convencional. Não existir mais esse espaço é deixar ali embaixo todos os fantasmas dos personagens que ali um dia pisaram.”
Mariana França, atriz

“Foi no Estação Satyros que eu, em 2006, assisti a minha primeira peça da Cia de Teatro Os Satyros, 120 Dias de Sodoma. Saí de lá querendo fazer aquele teatro. Certamente foi um dos momentos que mudou minha vida e fez eu mergulhar no mundo das artes. Agradeço aos Satyros, ao antigo Satyros 2 e, agora, Estação Satyros, pelas diversas experiências como ator, assistente de direção e aluno. Agradeço pelos amigos que fiz, pelas noites de ensaios, peças, festas. Muito obrigado. Sentirei muitas saudades. Acredito que logo nos reencontraremos.”
Felipe Moretti, ator

“Foi no Estação Satyros que estreei em São Paulo. Vindo do teatro de Curitiba, me inscrevi numa das oficinas e logo veio o convite para um teste para o elenco de Os 120 Dias de Sodoma, que estreou em setembro de 2015, no Estação Satyros. Desde então foram 4 peças no mesmo espaço. O Estação passou a ser minha casa. Cada cantinho me traz uma lembrança. Cada ensaio, cada início e fim de peça. Traz uma memória que faz entender o que é a felicidade.”
Alex de Félix, ator

“Foi no Estação Satyros que há 5 anos experimentei uma transformação incontornável em minha vida. Espectador, oficineiro e integrante do Satyros Lab, a partir de então jamais deixei de viver, ver e sentir a arte, a irreverência e a crítica social profunda e necessária que a Cia. Os Satyros sabe perfeitamente fazer. Arte formativa e transformativa.”
Arthur Capella, professor universitário

“Foi no Estação Satyros que eu fiz minha primeira peça com o Ivam Cabral. Na época, ainda era Satyros 2. Não era um projeto do Satyros, mas foi minha porta de entrada para o grupo. Nós, Cia Os Satyros, vivemos momentos incríveis nesse espaço. Mas como diz o Ivam, é momento de nos reinventarmos. E é o que estamos fazendo! Viva o Ivam Cabral, viva Rodolfo García Vázquez, viva a nossa Cia Os Satyros!”
Fabio Penna, ator

“Foi no Estação Satyros que eu tive a primeira oportunidade de dar voz ao que é realmente meu, sem assumir uma personagem, porque a personagem era eu mesmo, era minha história de vida, minhas primeiras experiências, era a transparência de contar para o público da nossa própria vida, um processo de quatro meses, que ajudou por anos o meu emocional e algumas inseguranças.”
Marcos Paulo, ator

“Foi no Estação Satyros que estreei e entrei em cartaz com os quatro espetáculos do Marquês de Sade reencenados pela Cia. Foi lá que produzi um desfile de corpos em homenagem à Phedra de Cordoba. Onde fui aluno e fui professor. Foi lá que aprendi o significado de Inspiração e de Resiliência na Arte.”
Hugo Faz, ator

“Foi no Estação Satyros que conheci o meu marido há 12 anos. Foi no Estação Satyros que me tornei mulher, que encontrei amizades duradouras e verdadeiras, que aprendi a usar minha voz em todos os sentidos. Foi no Estação Satyros que enfrentei o meu pai. Foi no Estação Satyros que fiquei nua no palco pela primeira vez, dando liberdade ao meu corpo (saí de casa, pois minha família disse que eu tinha que escolher, que enquanto estivesse de baixo do teto dos meus pais não poderia fazer peça nua). Foi lá que dei minha primeira aula de teatro. Inúmeras vezes depois que a peça acabava e todos saiam, eu ficava deitada no mezanino olhando o palco e imaginando e pensando sobre as mais diversas coisas (essenciais, engraçadas, pesadas, banais). O Estação Satyros era um lugar onde eu podia planejar, analisar, sorrir e viver, era o melhor lugar do mundo. Meu Deus, como vou sentir falta desse lugar!
Sabrina Denobile, atriz e dramaturga

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1 Resultado

  1. 28/04/2020

    […] Artistas lamentam fim do Estação Satyros: leia depoimentosCom a notícia, São Paulo e o teatro brasileiro perdem a sala icônica de nosso teatro underground, que não devia em nada para outras salas do teatro off no mundo, como de Nova York, Londres ou Buenos Aires. Na sala agora fechada foram encenadas peças lendárias como “Os 120 Dias de Sodoma”, na versão de García Vázquez para a polêmica obra de Marquês de Sade, estando mais de uma década em cartaz sempre com filas intermináveis. O lugar ainda abrigou montagens internacionais, como “Yira Yira”, da Argentina, no ano passado. O Blog do Arcanjo pede com urgência que o poder público se manifeste em relação aos espaços culturais que estão sucumbindo diante da crise da pandemia, oferecendo reais condições de sobrevivência à classe artística neste triste período da história que vivemos. […]

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