“Imagino o dia que vou abrir a porta e viver de novo”, diz cineasta Eduardo Albergaria sobre pandemia do coronavírus

O cineasta Eduardo Albergaria – Foto: Ali Karakas/Divulgação/Imovision – Blog do @miguel.arcanjo

O cineasta Eduardo Albergaria, diretor do filme Happy Hour – Verdades e Consequências, fez uma inteligente reflexão sobre este momento de pandemia do coronavírus no mundo e isolamento social. O Blog do Arcanjo compartilha com você as palavras do artista.

“Uma pausa, na pausa. Não quero mais ler notícias. Fazer contas e planos. Nem ver vídeos e lives. Live – quando não podemos. Vivo – quando sentimos medo do oposto, coletivamente. Ao vivo. Em todo lugar. É possível sentir nas palavras – mesmo quando elas não confessam. Lá está. Dito. Também nos rostos. Ao vivo. O quanto tudo pode ter sido sem sentido. A vida. De tantos. De todos. Nós. Mas não é. Nunca foi. O sentido – justamente ele – talvez tenha se manifestado. Uma tese: o que estava ausente, se impôs presente. No outro. Justamente no outro, por vezes um outro desconhecido, virtual. Outros. Talvez por isso tantas lives que não têm muito o que dizer – nem todas. Algumas têm versos, músicas, arte. Para se sentir alive. Hoje não me sinto, mas imagino o dia que vou abrir a porta e viver de novo. Estaremos todos, ao vivo, live, na nossa segunda chance.

Que possamos ser melhores uns com os outros. E, de verdade, livres.”

Eduardo Albergaria

>>Siga @miguel.arcanjo

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma pausa, na pausa. Não quero mais ler notícias. Fazer contas e planos. Nem ver vídeos e lives. Live – quando não podemos. Vivo – quando sentimos medo do oposto, coletivamente. Ao vivo. Em todo lugar. É possível sentir nas palavras – mesmo quando elas não confessam. Lá está. Dito. Também nos rostos. Ao vivo. O quanto tudo pode ter sido sem sentido. A vida. De tantos. De todos. Nós. Mas não é. Nunca foi. O sentido – justamente ele – talvez tenha se manifestado. Uma tese: o que estava ausente, se impôs presente. No outro. Justamente no outro, por vezes um outro desconhecido, virtual. Outros. Talvez por isso tantas lives que não têm muito o que dizer – nem todas. Algumas têm versos, músicas, arte. Para se sentir alive. Hoje não me sinto, mas imagino o dia que vou abrir a porta e viver de novo. Estaremos todos, ao vivo, live, na nossa segunda chance. Que possamos ser melhores uns com os outros. E, de verdade, livres.

Uma publicação compartilhada por Eduardo Albergaria (@e.albergaria) em

Please follow and like us:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *