Com história do HIV no Brasil, Carta para Além dos Muros chega à Netflix

Cazuza (1958-1990): músico foi exemplo de coragem ao enfrentar a aids publicamente em tempos de muito preconceito – Foto: Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo UOL

Neste domingo (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids e que abre o Dezembro Vermelho, para maior conscientização sobre a doença, chega à Netflix o filme “Carta para Além dos Muros”, de André Canto — o título é inspirado em Caio Fernando Abreu. Com fôlego de grande reportagem, o longa abarca mais de três décadas ao mostrar como a doença foi e é percebida e tratada na sociedade brasileira.

“É minha primeira direção. Normalmente, os diretores começam por curtas, eu já saí logo fazendo um longa. Sou muito privilegiado por ter tido a oportunidade de fazer esse documentário, de lançá-lo nos cinemas e agora de poder tê-lo na Netflix”, celebra André Canto em conversa exclusiva com o Blog do Miguel Arcanjo.

“O que me deixa mais feliz, e na verdade o que deve importar, é a oportunidade de expor um tema tabu na maior plataforma de streaming do mundo. Não falamos sobre Hiv e Aids, o preconceito e a discriminação, apesar dos avanços da ciência, ainda são muito presentes na nossa sociedade, assim como a epidemia e suas consequências”, lembra o cineasta.

O cineasta André Canto: diretor de Carta para Além dos Muros, filme que chega à Netflix – Foto: Divulgação/Unaids – Blog do @miguel.arcanjo UOL

A produção mostra desde o pânico, acrescido de fortes estigmas e preconceitos em seu surgimento, até a situação das pessoas que vivem com o HIV nos dias atuais.

O documentário ainda conta com depoimentos do médico Drázio Varella, dos ex-ministros de saúde José Serra e José Gomes Temporão, da mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, além dos médicos Ricardo Tapajós, Rosana Del Bianco e Valéria Petri, que identificou o primeiro caso de Aids no Brasil. O filme ainda pode ser visto no Now, Oi Play e Vivo Play.

Mais que necessário.

Veja “Carta para Além dos Muros” na Netflix

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