Opinião: Perto do povo, Theatro Municipal valoriza a cultura

Theatro Municipal de São Paulo: cada vez mais para todos – Foto: Divulgação – Coluna @miguel.arcanjo UOL

Fernanda Montenegro ao encarar a plateia lotada do Theatro Municipal no último dia 6 para lançar sua autobiografia comprovou com os próprios olhos que o centenário espaço cultural paulistano está totalmente plural.

O Theatro Municipal está mais perto do povo, sem abrir mão de sua tradição centenária, em um processo de valorização da cultura.

Mesmo em tempos difíceis para o setor da economia criativa, seu atual diretor artístico, o ator, diretor e palhaço Hugo Possolo, com apoio do secretário municipal de Cultura, Alê Youssef, vem buscando trazer ao espaço o frescor do diálogo real com amplas áreas culturais e sociais da cidade.

Isso resulta em uma programação robusta, na qual a diversidade é carro-chefe.

Assim, nos últimos tempos, o palco do Municipal abriga atrações populares e eruditas. Sobem ao seu consagrado palco artistas trans, negros, circenses, mulheres, estrelas da TV e tantos outros, além da excelência dos artistas prata da casa.

O ator, diretor e palhaço Hugo Possolo, diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo – Foto: Divulgação/Secretaria Municipal de Cultura SP – Coluna @mgiuel.arcanjo UOL

Com importantes espetáculos apresentados a preços populares, e alguns deles até mesmo de graça, o Municipal traz para seu ostentoso salão nobre um novo público.

Gente que se deslumbra pela primeira vez com sua imponente sala e também com a amplitude de seu anexo na Praça das Artes.

E isso é muito importante: cultivar na população o carinho e o respeito por um patrimônio artístico e cultural de tamanha envergadura, sobretudo nestes tempos atuais de perseguição ao campo cultural na esfera federal.

O Municipal é de todos nós. E a atual programação eclética incentiva o pertencimento e o carinho do paulistano — de nascimento ou de coração — com o espaço.

A multiplicidade de gêneros e artistas presentes deixa o Municipal longe daquela antiga pecha de ser um espaço elitista e distante da maioria da população, transformando-o na casa de espetáculos mais amada da metrópole chamada São Paulo. Frequentada por todos.

E é assim que tem que ser.

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