Zé Celso é velho contrabandista em seu 1º protagonista no cinema, Horácio

Poster do filme “Horácio”, de Mathias Mangin, protagonizado por Zé Celso e que chega aos cinemas nesta quinta (11) – Foto: Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo – UOL

José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, faz importante estreia nesta quinta (11), aos 82 anos recém completados em 30 de março último.

Pela primeira vez em sua longeva carreira, o grande diretor do Teat(r)o Oficina é o protagonista de um longa-metragem, no caso, “Horácio”, filme que também marca a estreia do cineasta franco-brasileiro Mathias Mangin, de 36 anos.

O longa chega às telonas de todo o Brasil e conta no elenco com Maria Luisa Mendonça, Marcelo Drummond, Ricardo Bittencourt, Sylvia Prado, Glamour Garcia e Eucir de Souza.

Todos interpretam personagens arquetípicos, revela o cineasta ao Blog do Arcanjo no UOL: “Há o chefão, a puta, a filha oprimida, o capanga, o agiota, a mulher venal e o jogador”, avisa o diretor.

“Desde que comecei a desenvolver o roteiro, quis criar um mito do submundo de São Paulo. Sem julgar, o filme mostra um mundo que existe, mas que nós não vemos no cotidiano; ele faz parte das nossas vidas sem que a gente perceba, assim como o inconsciente”, filosofa.

O papel-título, Horácio, vivido por Zé Celso, é um excêntrico contrabandista de 80 anos. “Trabalhar com o Zé Celso foi um grande aprendizado, além de ser muito agradável. Apesar da imensa experiência que possui, ele foi um ator paciente com um jovem diretor. Graças ao seu trabalho como ator no set, à alegria que ele trouxe para equipe e para os outros atores e aos textos de Stanislawski que ele me lia durante a pré-produção, conseguimos dar ao seu personagem a textura e a vida que estavam nas páginas do roteiro”, fala Mangin.

Zé Celso retribui: “Mathias Mangin é um cineasta muito talentoso e foi um enorme prazer trabalhar com ele no cinema”, elogia.

Mangin já tem outro projeto fervilhante na cabeça. Ele já adianta que seu próximo filme, “Bárbaros”, será uma produção noturna que terá São Paulo como personagem, “uma cidade que não parou de crescer, de forma estranha e violenta”. Aguardemos.

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