Artistas dos palcos contam qual foi seu Natal inesquecível

Amanda Acosta: ela viu o Papai Noel aos quatro anos - Foto: Divulgação

Amanda Acosta: ela viu o Papai Noel aos quatro anos – Foto: Divulgação

Por Miguel Arcanjo Prado

Chegou a época do Natal, momento em que a maioria das pessoas se reúne em família para celebrar o fim do ano. Na classe artística não costuma ser diferente. O Blog do Arcanjo do UOL perguntou para alguns artistas dos nossos palcos qual foi seu Natal inesquecível. Veja só.

“O meu Natal inesquecível foi quando com quatro anos ganhei o meu primeiro brinquedo de presente de Natal (que eu me lembre), foi uma batedeira laranja e azul. Fiquei tão feliz, mas tão feliz, que vi o Papai Noel voando no céu com um sacão de brinquedos verde. Olha como marcou! Tenho esta imagem clara na minha memória! E muito carinho por ela! Eu vi o papai Noel, gente!!!”
Amanda Acosta, atriz

Cristal Lopez: Natal inesquecível será o de 2016 - Foto: Diego Moreira

Cristal Lopez: Natal inesquecível será o de 2016 – Foto: Diego Moreira

“Natal inesquecível. Isso é novidade para mim. Desde que fiz minha transição não passo o Natal com minha família, porque minha avó materna não aceitava minha condição de ser uma mulher trans. Então, passava o Natal na casa de amigos. Há mais ou menos um mês, fiquei muito doente. Aí ela viu o carinho das pessoas comigo e resolveu aceitar minha condição. Este vai ser o Natal inesquecível, porque vai ser o primeiro Natal que passo com minha família e com ela.”
Cristal Lopez, performer e bailarina

Mario Viana: Natal de viagem de quatro dias a Pernambuco - Foto: Jo Capusso

Mario Viana: Natal de viagem de quatro dias a Pernambuco – Foto: Jo Capusso

“Em 1976, tive um Natal muito maluco. Meu pai tinha morrido em agosto e, para distrair minha mãe, resolvemos visitar a família dela em Pernambuco. De ônibus! Era uma excursão organizada por um amigo das minhas tias, coisa super amadora. Levamos uns quatro dias pra chegar no interior de Pernambuco. Eram dez da noite do dia 24 de dezembro, a cidade inteira na missa do Galo e nosso ônibus adentrando a praça. Pra ajudar, tinha pouca água pra tomar banho. Não lembro o que comi, nada. Só lembro que nunca sonhei tanto com uma cama como naquele dia.”
Mário Viana, dramaturgo e roteirista

Gustavo Haddad: avô se vestia de Papai Notel - Foto: Divulgação

Gustavo Haddad: avô se vestia de Papai Notel – Foto: Divulgação

“O meu Natal inesquecível era quando eu ainda criança acreditava em Papai Noel e passava o Natal na casa dos meus avós junto com meus primos e toda a família. Ficávamos esperando a meia noite, quando o meu avô aparecia vestido de Papai Noel e distribuía presentes pra todos.”
Gustavo Haddad, ator

Patricia Vilela: Natal em Porto Alegre com a família - Foto: Divulgação

Patricia Vilela: Natal em Porto Alegre com a família – Foto: Divulgação

“Meu Natal inesquecível são todos os natais que passo com minha família na mesma cidade, em Porto Alegre. Nossos natais são muito divertidos e emocionantes. É quando toda a família se encontra vindos de várias lugares do país e do mundo. Por isso valorizamos esta noite tão especial, que ficou ainda mais especial quando as crianças da nova geração começaram a nascer e crescer. Ana Júlia, Leonardo, Hugo, Emanuelle, Paula, Eduardo e Lorenzo são nossa alegria e tornam este encontro emocionante e cheio de esperança!”
Patricia Vilela, atriz

Ivam Cabral: Natal inesquecível em Ribeirão Claro - Foto: Leila Fugii

Ivam Cabral: Natal inesquecível em Ribeirão Claro – Foto: Leila Fugii

“Em Ribeirão Claro, cidadezinha do norte velho do Paraná, a gente esperava o Natal para ver as vitrines da Casa Chic, que na época do Natal ficavam iluminadas e a loja aberta até de noitão. Minha irmã Irani, que trabalhava como vendedora nas Casas Pernambucanas, disse pra mim e para o meu irmão Claudio que, naquele ano, podíamos escolher o presente que quiséssemos das vitrines mágicas da Casa Chic. Durante muitos dias eu e o Claudio passamos horas diante das vitrines, tentando decidir entre um brinquedo e outro. Eu escolhi um pianinho azul; o Claudio, uma sanfoninha vermelha. Chegaram na manhã do dia 25, quando acordamos. Nunca me esquecerei daqueles embrulhos lindos. E da sensação de receber, pela primeira vez na vida, um presente de Natal de verdade. Também não me esqueço da trilha sonora daquele manhã. Na vitrola da sala, meu irmão Irineu ouvia o novo disco do Odair José, que cantava “quero nesse dia esquecer esse tempo sofrido / mostrar meu sorriso, ver você sorrindo”. Era o ano de 1973, eu tinha dez anos e todos os sonhos do mundo!”
Ivam Cabral, ator e dramaturgo

Danielle Rosa: Natal na Bahia e também no palco do Oficina - Foto: Vanessa Deleu e Vivian Pupin

Danielle Rosa: Natal na Bahia e também no palco do Oficina – Foto: Vanessa Deleu e Vivian Pupin

“Sempre gostei muito mais de outras comemorações, mas tive muitos Natais especiais. Posso citar dois? Eu me lembro de um que tive em família em Vitória da Conquista em que mainha, todos os meus irmãos e sobrinhos estavam presentes. Foi um lindo encontro com muito amor! E ano passado também foi muito especial por estar em cena nesta data, foi a primeira vez que apresentei no dia do Natal e foi vertiginosa a presença do público e dos meus amores ao meu lado!”
Danielle Rosa, atriz

Sergio Ferrara: Natal inesquecível na África - Foto: Divulgação

Sergio Ferrara: Natal inesquecível na África – Foto: Divulgação

“O Natal que mais comoveu foi em 2009 para 2010 quando trabalhei na África em todos os países de língua portuguesa dando aulas de Teatro. Em São Tomé e Príncipe, uma ilha do Pacífico, passei a tarde brincando com as crianças e na noite de Natal foi exibido de graça e aberto ao publico “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector na Embaixada do Brasil. O drama de Macabea me comoveu, porque Macabea representa o aviltamento que passa o ser humano, quando sua vida é barateada. Ela representa todos os perdidos retirantes nordestinos que se movem alienadamente numa metrópole. Ali acolhido por aquelas pessoas simples e carinhosas entendi a grandeza da vida. É preciso tão pouco para viver, mas sem amor fica impossível. Carrego a África no meu coração sempre, como uma linda e singela noite iluminada de Natal.”
Sergio Ferrara, diretor

 

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