Sob a bênção de Vinicius, Toquinho e Maria Creuza reconquistam Buenos Aires, por Sabrina Almeida

Toquinho, Vinicius de Moraes e Maria Creuza nos anos 1970 - Foto: Divulgação

Toquinho, Vinicius de Moraes e Maria Creuza nos anos 1970 – Foto: Divulgação

Por SABRINA ALMEIDA*
Especial de Buenos Aires

*A convite do site, Sabrina Almeida, psicóloga argentina formada pela Universidade de Buenos Aires e grande admiradora da música brasileira, descreve o show de Toquinho e Maria Creuza no Gran Rex, em Buenos Aires, em 24/6/2016, 46 anos depois de fazerem com Vinicius o lendário disco “Grabado en Buenos Aires”

Um show repleto de anedotas saudosas sobre a forma de compor de Vinicius de Moraes, um poeta e astuto que, na fala de Toquinho, fez modificações mínimas em “Samba de Orly”, de Chico Buarque, só para conseguir a parceria com o então jovem compositor. E que soube cantar o amor para toda a vida… tendo nove casamentos!

Muito emocionados e satisfeitos de compartilhar o palco do Gran Rex em Buenos Aires, os cantores Toquinho e Maria Creuza recorreram o repertório do poeta e diplomata em novas versões, ao rock algumas, e em outras conseguindo o clima emocional que soube trasladar o público à Fusa tantas vezes escutada [em 1970, Vinicius fez na boate portenha La Fusa o disco “Grabado en Buenos Aires con Toquinho e Maria Creuza”].

Da antología, o solo com violão de Toquinho. Quando desenvolve essa nota, é impossível que não chegue ao coração, ainda mais quando combina a bela “Manhã de Carnaval” com o nosso “El Día Que Me Quieras”. Esta é sua melhor linguagem, nós sabemos e o agradecemos.

Sem dúvida, Vinicius esteve conosco nesta noite, e estimo que sua alma brincalhona se divertiu muito com a vaia que se precipitou de um público sensível politcamente quando um deputado um tanto desconhecido da Cidade de Buenos Aires subiu ao palco para dar aos artistas um reconhecimento em nome da Legislatura.

Texto en castellano:

Un concierto repleto de anecdotario entrañable sobre la forma de composición de Vinicius, un poeta y astuto que a palabras de Toquinho, ha hecho modificaciones mínimas a Samba de Orly de Chico Buarque para lograr parcería con el entonces flamante compositor. Y que le supo cantar al amor para toda la vida…teniendo 9 matrimonios!

Muy emocionados y a gusto con compartir el escenario del Gran Rex en Buenos Aires, Toquinho y Creuza, recorrieron el repertorio del poeta y diplomático, reversionando al rock algunas y en otras logrando el clima emocional que supo trasladar al público a la Fusa tantas veces oída.

De antología el sólo con viola de Toquinho. Cuando desarrolla esa veta, es imposible que no llegue al corazón, más cuando combina la bella “Manhã de Carnaval” con nuesto “El día que me quieras”. Este es su mejor lenguaje, lo sabemos y lo agradecemos.

Sin duda, Vinicius estuvo con nosotros esa noche, y estimo que su alma pícara se divirtió de lo lindo con la silbatina que se precipitó desde un público sensible políticamente cuando un diputado un tanto desconocido de la Ciudad subió al escenario para darle a los artistas un reconocimiento a nombre de la Legislatura.

Vinicius de Moraes (1913-1980) - Foto: Divulgação

Vinicius de Moraes (1913-1980) – Foto: Divulgação

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