Diva Phedra D. Córdoba é ovacionada no Recifest; saiba quem foi premiado
Por ALESSANDRO MOURA*
Colaboração especial de Recife (PE)
A terceira edição do Recifest – Festival de Cinema de Diversidade Sexual e de Gênero – foi realizada no Cinema São Luiz, de 17 a 21 de novembro, no Recife. O público esgotou os ingressos durante todos os dias para conferir performances, oficinas e os filmes competidores. No total, a curadoria do evento selecionou 10 curtas nacionais e outros 12 pernambucanos para serem veiculados durante o festival.
Neste ano o evento homenageou o ator e diretor que foi realizador do Recifest, Rutílio de Oliveira, que deu nome ao troféu. Infelizmente, Rutílio faleceu antes de ver o sonho sair do papel e ganhar as telas.
Encanto de Phedra
Na última noite do Recifest, a performance da atriz e dançarina Phedra D. Córdoba, do grupo de teatro Os Satyros, encantou a todos. A cubana cantou para o cinema lotado e recebeu aplausos e elogios.
Em um vestido prateado, Phedra acompanhou ainda a exibição do filme “Cuba Libre”, de Evaldo Mocarzel, que documenta o retorno da artista a Havana, sua terra natal, após 50 anos.
O encerramento foi de ansiedade para todos os realizadores, momento em que se aguardava o anúncio dos premiados nas categorias melhor filme nacional e pernambucano pelo júri oficial e popular.
O curta-metragem “Aceito” de Felipe Cabral levou os dois prêmios disputando com os filmes nacionais. Cabral não segurou a emoção já que este é um dos últimos festivais que o curta participa desde que foi finalizado. Na história, Junior prepara uma grande surpresa para pedir seu namorado em casamento, mas as coisas não acontecem do jeito que ele esperava. O público gargalhou e se divertiu na exibição do filme.
Já na categoria melhor filme pernambucano, de acordo com o júri oficial quem levou a melhor foi o curta “Virgindade”, de Chico Lacerda. O filme propõe uma reflexão das aventuras e descobertas desde os tempos da infância.
Para o público do Recifest o melhor filme pernambucano foi “Crua”, de Benedito Serafim. No fim da exibição do curta a plateia estava emocionada, aplaudindo e gritando.
Um momento que será guardado na memória da equipe recifense. “Crua” conta uma história de amor. Tarcísio é membro de uma torcida organizada do Recife e entregador de água, mantém um caso amoroso com Adones, ator e escritor. Por não aceitar a homossexualidade de forma tranquila, Tarcísio decide acabar de vez com o seu romance, mas por estar completamente envolvido com Adones, não consegue enxergar uma forma de findar esse amor.
Nota do Editor: Após participar do Recifest, Phedra D. Córdoba realizou uma verdadeira odisseia nos céus brasileiros para desembarcar em São Paulo na tarde do domingo (22), a tempo de se apresentar o espetáculo “A Filosofia na Alcova”, de Rodolfo García Vázquez, com seu grupo Os Satyros, no último dia da Satyrianas. Assim, conseguiu cravar seu nome na 16ª edição do evento do qual é diva absoluta.
*ALESSANDRO MOURA é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e repórter da TV Justiça em Recife. Ele também é ator, dramaturgo e diretor e colabora com o site cobrindo a cena cultural em Recife, Pernambuco.
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