Por trás do pano – Rapidinhas teatrais

André Fusko está em Animais de Hábitos Noturnos no Parlapatões – Foto: Otávio Rotundo

Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Eu voltei…
André Fusko está de volta aos palcos. O ator estreou nesta quinta (4) a peça Animais de Hábitos Noturnos, no Espaço dos Parlapatões, na praça Roosevelt. A peça, dirigida por Robson Phoenix, é inspirada na obra de Caio Fernando Abreu. Sessões quintas e sextas, 21h, até 19 de dezembro. Depois, volta ao cartaz de 8 a 30 de janeiro, com ingresso a R$ 40. Einat Falbel, a grande atriz, também está no elenco. Estão todos convidados.

Viva Fauzi
Até 16 de dezembro o Sesi São Paulo abriga o Projeto Fauzi Arap, que homenageia o grande diretor que morreu há um ano. Serão apresentadas três peças ao todo: Coisa de Louco, Chorinho e a inédita A Graça do Fim, com Elias Andreato e Nilton Bicudo. Segunda e terça, 20h, com entrada grátis.

Vamos brincar de índio
A bailarina Maria Mommenshohn é a estrela do espetáculo Mbochy, apresentado na Funarte de São Paulo nesta sexta (5) e sábado (6), 20h30, e domingo (7), 19h30, com ingresso a R$ 10. A obra tem inspiração na tribo indígena Mbyá-Guarani. A sessão integra a Ocupação Ambargris – Cerco Choreográfico.

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Vexame
Zé Celso definiu assim o despejo do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos de seu teatro: “O maior vexame em cima da arte teatral em 2014”.

Menosprezo
E o grande diretor do Teat(r)o Oficina falou mais: “Este século 21 vive em seu início, sem exagero, um dos momentos de maior desprezo por esta arte multimilenar do teatro que é o mesmo menosprezo que se sente pela vida intensamente vivida ao vivo das pessoas humanas, quase uma das muitas espécies em extinção”.

A arquiteta Lina Bo Bardi: criadora do Teat(r)o Oficina, Masp e Sesc Pompeia – Foto: Divulgação

Centenário
Nesta sexta (5), às 20h, o Oficina celebra o centenário de Lina Bo Bardi, em sua sede, na rua Jaceguai, 520, no Bixiga, em São Paulo.

Maratona
O Oficina fará a Odisseia Cacildas, com cinco espetáculos da saga sobre Cacilda Becker, entre 12 e 23 de dezembro. Zé o os meninos do Oficina pedem pra todo mundo aparecer.

Terra do nunca
A Cia. Le Plat du Jour manda avisar que será neste sábado (6) às 17h30 a reestreia de Peter Pan & Wendy. No Teatro Alfa, onde fica em cartaz até 14 de dezembro, sábado e domingo, neste horário. Levem as crianças.

Rodolfo Lima na peça Réquiem para um Rapaz Triste: sessão na Casa Contemporânea – Foto: Eloi Correa

Diversidade 1
Ferdinando Martins, professor da USP, participou na última terça (2) do projeto Em Busca de um Teatro Gay, de Rodolfo Lima, na Casa Contemporânea (r. Capitão Macedo, 370, Vila Mariana, tel. 0/xx/11 2337-3015), em São Paulo. Falou sobre as representações do gay no teatro contemporâneo.

Diversidade 2
O projeto ainda terá outros palestrantes, sempre às 20h. No dia 9, Helio Filho e Paco Llistó falam da relação da mídia segmentada com o teatro gay. Já no dia 12, Rodolfo García Vázquez e Osvaldo Gabrieli falam do processo de criação teatral. No dia 17 é a vez de Dagoberto Feliz falar do mesmo tema. O projeto continua em janeiro.

Diversidade 3
Rodolfo Lima apresenta duas peças no projeto. Desamador neste sábado (6), 21h, e Réquiem para um Rapaz Triste, no domingo (7), 17h e 19h. Já o ator Henrique Ponzi faz o monólogo Além do Ponto, com direção de Jackeline Stefanski no sábado (6), 19h. Vai, gente.

Documento novo
Andréa Zanelato, recepcionista transexual da SP Escola de Teatro, conseguiu tirar nova certidão de nascimento que garante a quem quiser ver: ela é do sexo feminino. “Quero agradecer meu advogado, Dinovan Oliveira e toda sua equipe por essa conquista. E a Deus, porque sei que ainda vou muito longe”, conta. Parabéns.

Ivam Cabral em cena de Pessoas Perfeitas, que terminou no último domingo (30) – Foto: André Stéfano

Descansa, Ivam
Correu tudo bem na cirurgia que Ivam Cabral fez para retirada de um tumor maligno na tireoide, realizada na última quarta (3), no Hospital Sírio-Libanês. Agora, a ordem médica é descanso. O ator já está em sua casa em Parelheiros, na zona sul paulistana. “Obrigado a todos que mandaram boas energias. Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim”, diz.

Carinho
As últimas sessões de Pessoas Perfeitas, no último fim de semana, foram disputadíssimas no Espaço dos Satyros 1, coração da praça Roosevelt. Muita gente passou no camarim para dar um abraço em Ivam antes da cirurgia e desejar saúde. Ele ficou emocionado com tanto amor em SP.

Presentes
Entre os presentes recebidos pelo ator estão: terços, medalhinhas, flores, livros e até uma vela.

Retorno da diva: Watusi, em cartaz no musical que traz a obra de Odair José no CCBB-SP – Foto: Bianchi Jr.

Vozeirão
Watusi está divina, sobretudo quando canta com sua voz inconfundível, no musical Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José, em cartaz no CCBB de São Paulo, ali na Sé, com direção de Sergio Maggio. Esta é sua estreia, em grande estilo, no teatro brasileiro.

Currículo
Para quem não sabe, a nossa Watusi foi a estrela número 1 da lendária casa de shows Moulin Rouge, em Paris, entre 1978 e 1982. Nesta época, a revista Paris Match disse que ela era “o mais jovem talento negro surgido nos últimos tempos em solo francês”. Já Diário de Barcelona decretou para todo o sempe: “Se Watusi não existisse, teríamos de inventá-la”. O currículo não é para qualquer uma, meu bem.

Puro talento: Gabriela Correa é destaque no musical Eu Vou Tirar Você Desse Lugar – Foto: Tuca

Ela também brilha
Além de Watusi, outro destaque do musical que celebra a obra de Odair José é a atriz brasiliense Gabriela Correa. A moça é um talento só. Além de carisma e beleza, tem tempo preciso para a comédia. Rouba a cena assim que pisa no palco. Guardem este nome. E este rosto.

Bastidor
Ainda falando em Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, o musical tem um time importante por trás do pano. A iluminação é assinada pelo ator Vinícius Ferreira, estrela do nosso bom cinema nacional. Já a ilustração de Odair José é obra de Fred Bottrel, cineasta que dirigiu o filme A Ala, premiado documentário sobre romances homossexuais nas prisões do Brasil.

Inconsolável
A diva cubana Phedra D. Córdoba está revoltada porque sua peça Madame Pompadour não foi selecionada em um edital público. “Eu fiquei muito nervosa, logicamente”, conta à coluna, logo após acordar, por telefone, diretamente de seu apartamento na praça Roosevelt. Phedrita revela que sua peça ficou em sexto lugar na lista de suplentes, o que “é um absurdo”, tamanha sua importância no cenário teatral. Mesmo assim, não desiste de ser a lendária cortesã da Paris do século 18, que foi amante do Rei Luís XV e dava ordem a todos no Palácio de Versalhes. “O Robson [Catalunha] e o Gustavo [Ferreira, atores e produtores do Satyros] me contaram que talvez eu tenha uma chance de conseguir patrocínio ainda. Vamos torcer, né, meu amor?”. Que assim seja.

Phedra D. Córdoba: ela quer porque quer montar Madame Pompadour em 2015 – Foto: Bob Sousa

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2 Resultados

  1. Miriam Bemelmans disse:

    Obrigada pela crítica a peça Eu Vou Tirar Você Deste Lugar!

  2. Phillipe disse:

    Watusi é pura beleza.

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