Chile marca Mirada 2014 com teatro potente

Jaime Lorca e Teresita Iacobelli em Otelo: peça chilena foi uma das melhores do Mirada 2014 – Foto: Divulgação

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial do R7 a Santos*

Depois de México e Argentina, chegou a vez do Chile ocupar o principal posto do Mirada, o Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, promovido pelo Sesc São Paulo.

Com sete peças na programação, o país é o homenageado desta terceira edição, que chega ao fim neste sábado (13), como convidado de honra, em parceria com a Fundación Teatro a Mil, que promove o famoso festival teatral Santiago a Mil.

O Teatro La Memoria apresentou Castigo, um drama de um artista passando a limpo sua relação com o pai. Já o tradicional Teatro Camino mostrou O Jardim das Cerejeiras, clássico texto de Tchekhov. A Imaginação do Futuro foi o espetáculo escolhido pela Companhia La Resentida, com os últimos dias de Salvador Allende no comando do país. Enquanto que o Teatro en el Blanco apresentou A Reunião, que causou muito impacto no festival. Assim como Otelo, da Comapanhia Viajeinmóvil, apontada por muitos como a melhor peça do Mirada 2014.

O Chile ainda apresentou dois espetáculos de rua: O Homem Vindo de Lugar Nenhum, da Companhia Gran Rayneta, e O Cavaleiro da Morte, do Coletivo La Pato Gallina. Assim, encerra o evento tendo exibido um teatro de potência incontestável.

Véronique Mondini, representante do Conselho Nacional de Cultura e Artes do Chile, conta ao R7 que a diversidade dos palcos chilenos está muito bem representada no evento.

“São cinco peças de sala e duas de rua, em uma seleção feita pelo Sesc em conjunto com o comitê diretivo do Mirada. Ser o país convidado de honra em um dos mais importantes festivais da América Latina é motivo de orgulho para o Chile”, afirma.

O governo chileno dividiu as contas com o Sesc, pagando o transporte aéreo e o transporte cenográfico. A entidade brasileira custeou a estadia, a alimentação e os cachês das companhias.

“O Mirada já é um festival grande e de muita influência. Participar dele é um passo para a internacionalização cada vez maior do teatro chileno, que aposta no projeto Iberescena desde 2006, apoiando a integração artística na região”, afirma Mondini.

Modelo de gestão

A representante chilena diz que ficou impressionada com o modelo institucional do Sesc, uma instituição privada que funciona como o setor público, levando cultura, alimentação e esporte à população a preços mais em conta.

“Ainda é um modelo utópico para a realidade do Chile, mas este tipo de troca promovida pelo Mirada é importante, porque vemos que é possível. Isso nos permite voltar e propor novos modelos”, declara.

*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Sesc São Paulo.

Leia a cobertura do R7 no Mirada

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