“Nunca fui atriz de vestir a fama”, diz Renata Sorrah no Festival de Curitiba

Renata Sorrah posa com a Companhia Brasileira de Teatro no Festival de Curitiba – Foto: Daniel Sorrentino/Clix

Por Miguel Arcanjo Prado*
Enviado especial do R7 a Curitiba
Fotos de Daniel Sorrentino/Clix

De tênis All Star branco, calça bege e camisetinha básica preta, a atriz Renata Sorrah poderia ser apenas das muitas atrizes que perambulam pelo Memorial de Curitiba nesta manhã de domingo (31) de Páscoa. Mas não é.

Afinal, apesar de participar do 22º Festival de Curitiba como integrante de um grupo da cidade, a Companhia Brasileira de Teatro, com a qual sobe ao palco do Teatro Guairinha neste domingo (31) e segunda (1º) com o espetáculo Esta Criança, Renata é um rosto reconhecido e admirado por milhões de brasileiros. E ela sabe disso.

– Acho que essa coisa da fama é a TV que dá. Eu sei que é importante, daqui a pouco vou fazer a Leocádia em Saramandaia… Ser reconhecido por uma novela é bom, mas quando a pessoa me reconhece por um trabalho no teatro é um prazer incrível. Eu nunca fui uma atriz que veste essa fama. Nunca achei isso bom. Sempre quis trabalhar com pessoas que eu reconhecesse artisticamente. Eu sou atriz no palco, não quando acordo.

Contudo, Renata sabe do peso de seu nome. Sobretudo em um palco. Mesmo assim sabe que teatro é arte coletiva e faz questão de ser parte do todo. Generosa, pede à reportagem para ser fotografada por Daniel Sorrentino junto do grupo. Pedido que lhe é imediatamente concedido.

Renata já entregou filipeta nas ruas de Curitiba – Foto: Daniel Sorrentino/Clix

Enquanto todos se ajeitam na escadaria de metal, Renata conta que tem história antiga com o Festival de Curitiba, que já distribuiu filipetas de peças passadas nas ruas ao lado de Ney Latorraca e que hoje fica feliz em retornar e ver que a ideia proposta pelo amigo Leandro Knopfholz, diretor do evento desde o início, se tornou o maior festival do Brasil e um dos maiores do mundo.

– Foi há uns 20 anos que tudo começou, né? Eu me lembro como se fosse hoje do Leandro, ainda um menino, vindo me falar que iria fazer um festival, eu gravei um vídeo para eles dando apoio. E eu fico feliz de saber que ele sempre se lembra disso nas entrevistas. Acho tão bonitinho!

Ganhadora do Prêmio Shell de Melhor Atriz pelo trabalho em Esta Criança – que também levou prêmios para a direção, a iluminação, e o cenário, Renata conta que ficou surpresa com a dedicação dos meninos da Companhia Brasileira, onde “todo mundo faz tudo”. Fez questão elogiar um por um na frente da reportagem.

– Não poderia estar em melhores mãos. Temos um autor francês da melhor qualidade, o Jöel Pommerat. E o Marcio Abreu é um poeta como diretor. A peça fala das relações de pais e filhos. E todos somos ou pais ou filhos, então a identificação é imediata. Fazer este espetáculo foi libertador. Meu deu força para seguir em frente com alegria. Mesmo que no futuro cada um siga o seu caminho, eu sei que agora estamos juntos. E isso é muito bom.

Estrela da TV, Renata quer ser apenas mais uma atriz da Cia. Brasileira de Teatro – Foto: Daniel Sorrentino/Clix

*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Curitiba.

Veja a cobertura completa do R7 do Festival de Curitiba

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3 Resultados

  1. Felipe disse:

    Bonita essa postura da Renata. Quando era mais novo, era fã total dela. Amei a interpretação dela como Sofia em TRANSAS E CARETAS e fiquei com raiva e indignação porque ela perdeu o amor do personagem Jordão para a vulgar personagem Liana. Até hoje não entendi o porquê do autor ter dado aquele final para a novela.

  2. Felipe disse:

    Só corrigindo: onde se lê “do autor”, leia-se “de o autor”.

  3. ANÍBAL DOS SANTOS FILHO disse:

    E se vestisse,era merecida! Falou em talento, falou em Renata Sorrah! De várias interpretações, destaco: Um anjo caiu do céu, onde fez dois papeis (se não me engano) e Senhora do Destino. Miguel, abraços!

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