Entrevista de Quinta: Priscila Fantin revela segredos de uma atriz mais famosa por seus amores

Priscila Fantin divide o palco com Herson Capri em São Paulo (Foto: Divulgação)


Por Bruna Ferreira, do R7

Mariah é uma famosa atriz de novelas, acostumada com a imprensa de celebridades no seu encalço. Tudo muda em sua história quando se depara com o que poderia ser mais uma entrevista, para mais um jornalista, mas vira um verdadeiro jogo de sedução.

Pode parecer que Priscila Fantin não teria qualquer dificuldade em dar vida a esta personagem. Só que Mariah veio desafiar a atriz, o público e a sociedade do espetáculo, mostrando que nem sempre o que está escancarado é tão verdadeiro quanto o que está escondido, obscuro, protegido.

Priscila é uma atriz de múltiplas vozes em cada novo trabalho, mas que nunca deixa de buscar sua essência fora dos holofotes. Mariah é a  atriz que joga com a fama, as imagens, as sombras e os reflexos. Na união das duas, a celebridade ganha contornos únicos, cheios de uma humanidade tão negada ao ídolo nos dias atuais.

A atriz deixou a personagem se aproximar: “Ela mudou minha visão sobre a minha própria imagem”.

Theodor Holman assina A Entrevista, que tem direção geral de Daniel Filho, produção geral de Sandro Chaim e direção de Susana Garcia. A peça é uma comédia que mostra o envolvimento da jovem atriz com um conceituado jornalista político, vivido por Herson Capri, que está em decadência e precisa entrevistar a grande estrela, mesmo a contragosto. Do choque entre os dois, o retrato do que é a sociedade contemporânea e a cultura que gira em torno do culto à imagem.

Em entrevista ao blog, Priscila falou sobre o retorno da peça, o que acha do interesse da mídia e das pessoas pela vida pessoal dos famosos e como está fazendo para conciliar a própria agenda com as delícias e deveres de ser mãe do pequeno Romeo, de apenas um aninho.

Leia a entrevista na íntegra:
R7 — Você gosta de atuar nos palcos de São Paulo? O que acha do público paulistano?
Priscila Fantin — Eu tive duas experiências aqui em São Paulo. A primeira foi em 2008, no espetáculo Vergonha dos Pés, era uma peça da Fernanda Young, ficou em cartaz no Teatro Folha e foi muito gostoso! São Paulo tem um público fiel de teatro, uma cultura teatral muito grande. É um pouco diferente do Rio, que está acostumado a ver artista o tempo inteiro, no calçadão, gravando novela… Aqui no Rio, eu acho que só funciona a peça mais comercial, com mais publicidade, os grandes espetáculos mesmo. São Paulo tem um público diferente, um pouco mais intelectual, mas é sempre um público receptivo.

R7 — Como é a parceria com Herson Capri?
Priscila — É muito gostosa, ele é uma pessoa muito tranquila, Herson é na dele, inteligentíssimo, culto. Ele tem 45 anos de carreira, 35 peças já, é um cara que me deixou muito segura de estar com ele. É muito bom ter toda essa experiência ao meu lado.

R7 — O que te atraiu nesta peça?
Priscila — Foi uma conjunção de fatores. Eu já estava com muita vontade de voltar ao trabalho. Desde que eu voltei da licença-maternidade, fiz um filme e estava louca para fazer outra coisa. As pessoas que estavam envolvidas na peça me chamaram a atenção, o convite veio do Chaim, tinha também o Daniel Filho. Achei um assunto muito bacana de se falar, pois acho que, atualmente, está meio desenfreado o culto à celebridade.

R7 — Sua personagem é uma atriz famosa, assediada pela imprensa, conhecida pelo público por sua vida pessoal e amorosa.  Você deu alguma coisa de si mesma para a personagem?
Priscila — Acho que nós temos a mesma profissão e temos até um destaque parecido. No entanto, a minha forma de lidar com isso tudo é totalmente diferente. Não sei se coloquei algo da minha própria experiência na personagem…

R7 — Mas você aprendeu alguma coisa com ela?
Priscila — Ela mudou minha visão sobre a minha própria imagem. Eu sempre quis ser eu mesma. Mesmo com tanta exposição, eu queria ser sempre eu, na minha essência, mas isso nem sempre é possível. A partir do momento que eu dou essa entrevista, as palavras, o discurso, vão se afastando de mim pouco a pouco. Todo mundo quando sai de casa tem uma performance, todos possuem uma relação com a própria imagem que fica distante da nossa essência. A Mariah usa isso. Ela aprendeu a lidar e se aproveita desse lugar dela, de mulher fútil, burra, mas no interior é carente, inteligente. Ao invés de ela lutar contra a imagem criada, ela usa a favor dela. Foi bom para eu aprender também essa possibilidade.

R7 — Como você está conciliando a rotina de trabalho com os compromissos de mãe de um bebê?
Priscila — Acho que deve surgir um convite para a TV em 2013, por enquanto, está tudo certo, mas o Romeo já está com um ano e meio. Eu venho para São Paulo na sexta-feira, já perto do horário da peça. No domingo, assim que acaba, já vou embora para ficar com meu filho, mas está sendo importante este retorno. Principalmente para mim. Preciso me acostumar com a distância… ele até pode sentir saudade da mãe, mas para a criança a vida é muito curiosa, ele fica distraído. É claro, que sinto saudade, mas está sendo bom.

R7 — Se aparecer um convite para a TV este ano, você vai voltar?
Priscila — Ah, vou… Eles me deixaram bastante tempo com o meu filho até. Também estou com saudade da TV, dos estúdios e tudo mais.

A Entrevista
Quando: Sextas, às 21h30; sábados, às 21h; domingos, às 19h. Até 3/2/2013
Onde: Teatro Vivo (av. Chucri Zaidan, 860, Morumbi, São Paulo. 75 minutos. tel. 0/xx/11 7420-1520 ou 11 4003-1212)
Quanto: R$ 50 a R$ 70
Classificação etária: 16 anos

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