O Retrato do Bob: o frescor de Teuda Bara

Por Miguel Arcanjo Prado
Enviado especial do R7 a Santos*
Foto de Bob Sousa

Quando o Grupo Galpão, de Belo Horizonte, recebeu o convite londrino para remontar o clássico Romeu e Julieta 20 anos depois da primeira montagem de seu espetáculo de maior sucesso, a atriz Teuda Bara ficou com medo.

Não sei de quê. Na apresentação que fez no último sábado (8), no Festival Mirada, em frente ao mar, em Santos, Teuda era a mais viva e jovial do grupo.

Se alguém revelasse à plateia que ela tem 71 anos, ninguém acreditaria. Nem eu.

Teuda diz que a insegurança inicial foi por conta das duas décadas que se passaram desde quando ela se transformou na mais querida ama de Julieta dos palcos nacionais.

No retorno, Gabriel Villela, o diretor, foi exigente e não deu moleza a ninguém. Nos ensaios, um dos exercícios foi igual ao feito em 1992: andar sobre uma tábua de madeira fina erguida acima do chão. Teuda não quis. “Na primeira eu fiz, mas agora não. Vai que eu caio?”, me diz com aquele sotaque mineiro gostoso que ela tem. Fez muito bem.

Fato é que mesmo sem o tal exercício cênico Teuda é a mais equilibrada da remontagem. E o público percebe. O povo ama Teuda.

Ao constatar que tudo tem dado certo, Teuda fica feliz.

– Não é que conseguimos? Isso me dá uma alegria, um frescor…

A gente percebe. E gosta. Vida longa a Teuda Bara.

*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Sesc São Paulo.
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2 Resultados

  1. Marcelo Mota disse:

    TEUDA teve a platéia inteira na mão!

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